Neste blog, vou passar fazer todo aquele trabalho que habitualmente tenho vindo a distribuir por vários blogs. Dar descanso aos velhos....

12
Dez 18

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Do Poeta e prosador João de Deus Rodrigues recebi este poema alusivo à epoca festiva, que transcrevo:

Aproxima-se o Natal

Oh!, quem me dera, Senhor,
Ter outra vez o Natal da minha mãe.
Quando ela me falava com amor,
Dos mistérios e encantos que ele tem.

Oh!, quem me dera, Senhor,
Ter outra vez o Natal que a memória tem.
Quando em família cantávamos com fervor,
Canções ao Menino e á Virgem, Sua mãe.

Oh!, quem me dera, Senhor,
Que o Natal fosse outra vez assim,
Como quando eu era menino!
E junto à lareira, lembro-me bem,
Aconchegados que era um regalo,
Cantávamos canções de Natal.
E à meia-noite íamos à missa do Galo,
Onde beijávamos o Deus Menino,
Como se Ele fosse tão verdadeiro,
Como era aquele que os anjos
Anunciavam aos pastorinhos em Belém,
Como me contava a minha mãe!

Oh!, que bom seria, meu Deus,
Se neste Natal que se aproxima,
Não houvesse irmãos meus,
A dormirem no cais, junto ao rio,
Abandonados e sozinhos,
Com fome, sede e frio!

E mais além,
Não se visse tanta criança,
A chamar pelo seu pai,
A clamar pela sua mãe,
E não lhes aparecer ninguém,
Para lhes dar um beijo paternal.
Nessa noite mística de Natal,
Símbolo do nascimento de Jesus em Belém.

In Livro “O acordar das emoções” – Tartaruga Editora.


 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 22:31
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20
Dez 17

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Jorge Lage com conterrâneos seus que não se viam há quase 50 anos.

Desceu hoje de Braga, até ao Campo Pequeno (Lisboa), um distinto transmontano, mestre no fruto que dá o castanheiro e ele descreve com muito saber e pormenor. Refiro-me ao Dr. Jorge Laje, um filho muito ilustre de Mirandela que nesta área de pesquisa é das figuras mais notáveis do país, e tem à volta deste assunto uma vasta obra feita e em títulos já editada.

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Desta vez foi para trazer à cena MIRANDELA OUTROS FALARES, pois é sabido que nem só de castanhas se ocupa um estudioso mirandense como Jorge Lage, a história, a etnografia, as tradições e ditos populares da sua região, e não só, de modo algum lhe passam despercebidos e por isso não perde oportunidade de fazer o seu arrolamento. No dia 19, a Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, no Campo Pequeno, nº50, 3º Esquerdo, foi palco para apresentação desse trabalho muito fecundo que perante numerosa assistência os distintos conterrâneos Professor Dr. Armando Palavras e Cor. Eng. Jorge Golias teceram as merecidas referências.

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Com prefacio de Jorge Golias, um dos Capitães de Abril, e com nota explicativa do autor Jorge Lage, este interessante trabalho com cerca de 200 páginas e óptima encadernação é uma edição da Câmara Municipal de Mirandela e com a execução gráfica da Oficina de São José – Braga. 

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Na selecta plateia muitas caras conhecidas identifiquei, algumas dos tempos em que também fui activo associado da Casa, no tempo de Tomas Espírito Santo, Dr. Varejão Castelo Branco, Eng. Machado Rodrigues, Altino de Magalhães, e outros. São ainda testemunho Vasco Saldanha, o Dr. Valadares, Serafim Sousa, Armando Jorge e Silva entre outros que não tenho memória.

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Muita gente, dos mais notáveis aos anónimos que nestes momentos aparecem para mostrar a força e razão da gesta transmontana. Alguns como António Chaves e João de Deus Rodrigues onde quer que apareçam não passam despercebidos, e assim aconteceu agora. 

 Vamos apreciar esta 1ª parte: a apresentação...

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Após a apresentação do livro na sala nobre da casa, que teve inicio às 18h00 e se prolongou até cerca das 19h30 com venda de exemplares que Jorge Lage autografou foi a “Ceia de Natal” marcada para as 20h00 e na qual participaram mais de uma centena de transmontanos da diáspora e seus familiares ou amigos.

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Uma ceia muito animada que juntou amizades próximas e antigas num espaço comum, mas a pedir ampliação. Assim se espera pois a nossa colónia alfacinha está a medrar e precisa de largueza.

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Foi bom de ver e sobretudo louvável a iniciativa da Casa de Trás-os- Montes e Alto Douro a que preside o Dr. Hirondino Isaías, em promover eventos desta natureza que são elo substancial duma Associação Regional e centenária, e que à nossa província e em particular à colónia transmontana de Lisboa tão prestimosos serviços tem prestado.

 2ª parte, a Ceia de Natal

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 14:09
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03
Dez 17

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"De Santa Catarina ao Natal ou vai chover ou vai nevar ", ouvia dizer na minha aldeia por alturas da feira que neste mês de Novembro decorria e decorre em Celorico de Basto à volta do dia 25. Este ano em que a chuva deu lugar a um calor intenso que esteve na origem de tragédias com fogos florestais nunca vistas no país, só quase ao fim deste mês também conhecido por mês das almas é que as nuvens largaram umas poucas gotas sem influência para os caudais dos rios e abastecimento das barragens. Aquilo que na verdade se pode chamar um ano seco.

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Outro dito que se dizia e minha mãe me ensinou tinha a ver com saber os dias de cada mês, e nunca mais o esqueci: " 30 dias tem Novembro, Abril, Junho e Setembro; de 28 só há 1; os outros, são de 31; e quem bem contar, de 4 em 4 anos, mais 1 dia há - de encontrar". Novembro fora entra o Dezembro, com um feriado no dia 1, dia da Restauração, e logo com a "novena" da Imaculada Conceição que termina no dia 08, dia santo de guarda. Um mês também muito rico em motivações que mexem com o sentimento dos cristãos e em especial dos portugueses que além de cristãos amam a sua pátria consagrada a Santa Maria.

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Com o 1º Domingo de Advento a decorrer desde 3 de Dezembro, para terminar no 4º domingo, dia 24, e a culminar com o dia de Natal, a 25. Um mês muito rico de motivos festivos e santos que nem sempre sabemos viver na sua profundeza, pois o que muitos gastam desnecessariamente nesta quadra, dava em muitos casos  para atenuar o que falta a muitos outros. Bastava haver um pouco mais de boa vontade para que a praga da pobreza fosse atenuada e se não erradicada, pelo menos, rasgasse veredas que impedem quem deseja ver essa meta atingida.  

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 21:14
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22
Jan 17

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 Com as comemorações da Epifania e do Baptismo do Senhor encerra o ciclo das festas natalícias que anualmente o Igreja celebra com inicio no Advento. Este ano a Epifania recaiu no dia 8 e o Baptismo do Senhor no dia 9, segunda-feira. Todavia foi no domingo, dia 8 que o Papa Francisco por ocasião do Angelus destacou uma dessas festividades em alocução que deste modo iniciou: “Hoje, festa do Baptismo de Jesus, o Evangelho (Mt 3, 13-17) apresenta-nos a cena ocorrida na margem do rio Jordão: no meio da multidão penitente que caminha rumo a João Baptista para receber o baptismo encontra-se também Jesus. Estava na fila. João gostaria de o impedir, dizendo: «Eu devo ser baptizado por ti!» (Mt 3, 14). Com efeito, João Baptista está consciente da grande distância que existe entre ele e Jesus. Mas Jesus veio exactamente para preencher a lacuna entre o homem e Deus: se Ele está inteiramente da parte de Deus, está também totalmente da parte do homem, reunindo o que estava dividido. É por isso que pede a João que o baptize, a fim de que se cumpra toda a justiça (cf. v. 15), ou seja, que se realize o desígnio do Pai que passa através do caminho da obediência e da solidariedade para com o homem frágil e pecador, da vereda da humildade e da plena proximidade de Deus aos seus filhos. Porque Deus está muito próximo de nós, muito!”. 

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 O Advento é um dos tempos do Ano Litúrgico em que os cristãos preparam a vinda do Senhor. É tempo de espera e dura quatro semanas.

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Termina a 25 de Dezembro, dia de Natal, que é centro das festividades das festas natalícias, e para os cristãos de louvor e adoração. Melhor dito, na véspera, com a inauguração do Presépio, no fim da "missa do galo".

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Festas que como foi dito se prolongam por cerca de doze dias, até ao domingo em que a Igreja festeja a Epifania e o Baptismo do Senhor.

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E neste descrever vem a-propósito abordar o que se diz do presépio que nesta quadra é o principal emblema. 

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Atribuído à imaginação de São Francisco, que representando ao vivo ninguém duvida tenha sido, no entanto antes dele já os cristãos festejavam o nascimento de Jesus.

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 Atesta-o a existência de um “oratório da Natividade, representando o presépio do Natal, na basílica de Santa Maria Maior, em Roma, desde o séc. V”. Além que para São Francisco o conhecimento do presépio não devia ser estranho, dado que em 1220, passou pela Palestina, onde por certo visitou a gruta da Natividade em Belém. Neste estábulo que acolheu Maria e José, desde o nascimento do Deus Menino nunca deixou de haver presépio.

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 13:51

22
Dez 16

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Sendo uma data que a Igreja Católica santificou, desde logo também, por ser feriado, passou a ser comemorado por não-cristãos que lhe foram introduzindo alguns dos tradicionais costumes populares típicos da região e da festiva quadra. Entre outros entrou a Ceia de Natal, a árvore de Natal, o Pai Natal, a troca de presentes, cartões, pisca-piscas, presépios e demais motivos alusivos ao evento que envolvem um aumento da actividade económica entre cristãos e não-cristãos, que tornaram a festa num acontecimento significativo e um período chave de vendas para os comerciantes e para as empresas. “O impacto económico da comemoração é um factor que tem crescido de forma constante ao longo dos últimos séculos em muitas regiões do mundo”.

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Além do mais, para os cristão, o Dia de Natal que vem precedido do Advento e depois se prolonga até ao domingo em que a Igreja celebra o baptismo do Senhor, é o centro das festas de fim de ano e da temporada natalícia. O 25 de Dezembro, bem ao contrário do que certos sabichões dizem não é nenhuma adopção de cresças pagãs, mas antes uma solene prova da vitória da fé cristã sobre o paganismo. Também não é verdade que o Natal só começou a ser celebrado pelos cristãos com o imperador Constantino.  As Sagradas Escrituras revelam-no, como no segundo capítulo de Lucas se vê. Os anjos, logo após o nascimento do Menino Deus, em Belém, onde no templo está bem assinalado por uma roseta, clamam aos pastores: “Não temais, eis que vos anunciamos uma Boa Nova, que será de alegria para todo o povo: hoje vos nasceu, na Cidade de Davi, o Salvador, que é o Cristo e Senhor!” (Lc 2,10-12).

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É um dado histórico, os cristãos já festejavam o nascimento do Redentor pelo menos desde o segundo século, pois como se vê logo Deus determinou que celebrássemos o nascimento de seu Filho neste mundo. Como mais tarde, no século III, a Igreja pode livremente transmitir a doutrina cristã, começou com mais apego por dar esse sentido cristão às praticas pagãs.

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Daí, uma delas, foi dar um sentido cristão à celebração que pelo solstício de inverno os pagãos tinham de anualmente festejar o nascimento do deus sol. Que a partir de agora com a celebração do nascimento de Jesus, o Natal cristão dá origem à estimulação e conversão desses povos pagãos. E nele se inspira São Francisco de Assis, o pioneiro do presépio cristão, que pela primeira vez o representou ao vivo, com figuras de carne e osso. Oxalá também nós e a humanidade inteira o tenha vivo no coração, não só nesta quadra, mas durante toda a nossa vida.

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 15:13
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10
Dez 16

 

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Este Dezembro encaminha-se para os meados do mês e daí a mais 16 dias vamos entrar no ano de 2017. É um ver passar as horas que fazem dias e noites. Muitas graças, nós os crentes, temos que dar a Deus por assistir a esta maravilha de viver e ver como tudo isto amorosa e incondicionalmente acontece. Em tempo de Advento que aponta para o nascimento do Redentor, no dia 25, era uma boa oportunidade para os cristãos disporem de alguns minutos antes de tomar a decisão de fazer as compras de Natal de modo a evitar não só que lhe entrem na carteira facilmente, mas também darem o bom exemplo de fieis cristãos. Pensando também nos carenciados de bens materiais, de paz e de pão. Fazendo deste tempo festivo um retrato oposto ao que lamentando lembrou numa recente homilia no Vaticano, o Papa Francisco: “Estamos perto do Natal: haverá luzes, festas, árvores iluminadas, presépios, mas é uma farsa. O mundo continua a fazer as guerras. Não escolheu o caminho da paz". - Logo um alerta para não nos deixarmos seduzir pelo luzidio das cores…ou das ofertas publicitárias que sobretudo nesta quadra festiva se montam para atrair os gostos e atenções dos potenciais gastadores do produto exposto.

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O que se gasta inutilmente em bugigangas que nem as crianças valorizam, em prendas sem utilidade para quem as recebe e despesa desnecessária para quem as oferece, e por vezes a fazer-lhes falta, são hábitos sociais, mas dignos de reflexão. É tempo de se voltar a dar valor ao dinheiro ganho com suor e trabalho honrado, contrariando todos aqueles que em função do seu próprio interesse comercial ou político proferirem um povo de “pataca ganha, pataca gasta”. Podem assim, viver mais folgadamente à custa do suor alheio e fazerem a belo-prazer a farsa que o Papa Francisco realçou. Um Natal de 2016 vivido em paz e amor se deseja para todos os povos.

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 16:36
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08
Dez 16

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 A todas as amigas e amigos com quem tenho o prazer de manter um amistoso relacionamento virtual venho desejar um santo Natal e um 2017 cheio de venturas. O mais peçam vós ao Menino Jesus e à Virgem Santa Maria 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 21:02

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