Neste blog, vou passar fazer todo aquele trabalho que habitualmente tenho vindo a distribuir por vários blogs. Dar descanso aos velhos....

30
Jul 18

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(Foto recente do meu conterraneo Joaqum Costa)

Já a 2/8/15 em post que publiquei fazia alusão à confrontação dos limites entre Vilar de Ferreiros e Mondim de Basto, assim: “Encarrapitada desde as cimalhas dos montes de Ventozelos e da Tontuça, aqui a confrontar com Bilhó; e do Toumilo ao  Fragão de São Paulo, com Ermelo; e dali, pela Bouça da Isabel ao Coto de Campos, a freguesia de Vilar de Ferreiros, continua dali, pelo centro da aldeia de Campos, em ascensão até à Capela do Fundo, a dividir com Mondim, onde perto uma cruz em tau assinala o fato; e dali até ao cimo do Monte Farinha (Nossa Senhora da Graça), a divisão é com Atei, pela cruz existente do 2º adro. Lucal  de impressionante beleza que mereceu de Torga este honroso comentário: “Empoleirado neste miradoiro, solto os olhos por metade de Portugal. Montes, rios e vales edénicos, genesíacos, como que acabados de sair das mãos do Criador. A natureza na sua primitiva decência, desabitada, limpa de toda a mácula humana. Nem sequer tocada pelo pasmo de quem a contempla”. Percebe-se que foi anos antes das “pedreiras” terem ganho aqui o estatuto demolidor da paisagem e do património granítico de toda a “montanha sagrada” que o autor de Bichos fez tal apreciação. Desta “montanha sagrada” que no proximo dia 09, uma vez mais vai receber os ciclistas da  9º etapa da Volta a Portugal, a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira faz saber que os cumes desta pequena serra estão coroados com “largos cordões de pedra em montão, ruínas de muros antiquíssimos, que a tradição local diz serem obras de mouros”.

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(Abade de Miragaia)

Quem bebeu em boa fonte que foi o Padre Augusto Ferreira, mais  conhecido pelo Abade de Miragaia, que além do mais foi responsável pelos três últimos volumes do dicionário Portugal Antigo e Moderno, de Pinho Leal. Nasceu, em Corvaceira, freguesia de Penajóia, a 14 de Novembro de 1833, e faleceu no Porto, a 17 de Junho de 1913. Uma figura a não esquecer pois muito escreveu sobre terras do nosso concelho. E sobre NS da Graça também ao tratar de Vilar de Ferreiros.

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 15:53

24
Jul 18

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Como é tradição no alto do Monte Farinha ( Nossa Senhora da Graça) no dia de Santiago, ou do Santinho, como diz o povo, à festa rija desde tempos imemoriais. Amanhã , dia 25, vai ser mais o um dia desses. O programa não se desvia do habitual e consta do seguinte:

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DIA DOS ROMEIROS

09.30h Atendimento Espiritual aos Grupos de Romeiros

10.45h - Inicio da Procissão.

11.00h - Missa Solene dos Romeiros de São Tiago.

12.30h -Procissão dos Andores (com destino ao Santuário) . Súplica de adeus ao Sr. São Tiago

Como de costume a ordem é da responsabilidade da GNR de Mondim de Basto.

Uma boa ocasião para subir ao mais belo santuário mariano de Trás-os-Montes e do norte de Portugal. E miradouro inconfundível deste nosso Portugal.

    

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 22:13

14
Jul 18

 

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Na sexta-feira, dia 13, tinha uma consulta médica marcada para as 16h00, na Av. da Republica. Lá fui. No fim e já na rua, lembrei-me que uma vez perto do Campo Pequeno, era uma boa ocasião para passar pela Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro e adquirir a Antologia de Autores Transmontanos, Durienses e da Beira Transmontana. Assim fiz, na companhia de minha esposa que me tinha acompanhado à consulta. Quando já em minha casa, dei uma vista de olhos por este excelente trabalho que saiu a par do IV CONGRESSO de Trás-os-Montes e Alto Douro que no Pavilhão do Conhecimento Centro de Ciência Viva do Parque da Nações, em Lisboa, decorreu nos dias 25, 26 e 27 de Maio deste 2018.

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Na rubrica de Mondim de Basto muito pobre quando é tão rica de autores com raça, quer em prosa como em verso, mas que desta vez por um ou outro motivo não responderam à chamada. Como a todos também a seu tempo foi-me solicitado um inédito que sobre a minha aldeia de Vilar de Ferreiros alinhavei e agora pude ver muito bem enquadrado na obra que alberga os mais distintos escritores do “Reino Maravilhoso” que Torga designou e teve por berço seu. Feliz fiquei também por saber que tinha dois ilustres mondinenses que desconhecia e se tornaram notáveis e que são: o Professor e comendador Albano Parente e o arquiteto Joel Dinis. O comendador Albano Parente, foi e é no Brasil que se fez notável, como grande benemérito, já o arquiteto Joel Dinis foi como aluno da UMinho e com um trabalho muito bem conseguido à volta do castro do Crastoeiro,que lhe valeu o prémio Secil Universidades-Canal Superior, em 2017.

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Não sabia, desta gente ilustre que já nasceu depois de mim. Por isso parabéns ao Dr. Hirondino Isaías, presidente da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, de Lisboa, e ao Professor Doutor Armando Manuel Gomes Palavras, o coordenador da Antologia, pois foi mediante a notável iniciativa cultural que promoveram que falei do meu torrão natal e fiquei a saber coisas que não sabia de gente mondinense como eu. E deixo aqui um apelo ao Sr. Presidente da Câmara, Humberto Cerqueira que na biblioteca municipal mondinense não deixe de figurar um exemplar desta obra que retrata Mondim nas décadas de 30 e de 40 do século passado.

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 10:20

27
Jun 18

 

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“Vilar de Ferreiros é uma freguesia portuguesa do concelho de Mondim de Basto, com 16,15 km² de área e 1 136 habitantes (2011). A sua densidade populacional é 70,3 hab/km². A freguesia de Vilar de Ferreiros é constituída pelas aldeias de Vilarinho, Vilar de Ferreiros, Pedreira, Vila Chã e Covas, por ordem decrescente”.

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São noticias destas que me causam dó, pois revelam a falta de conhecimento de quem as dá ou a muita artimanha no fazê-las circular. Não sei tampouco onde e como a enciclopédia Wikipédia recolhe as noticias que formam o corpo virtual desta fonte de informação publica. Mas pergunto: Como se sorropiam duas das principais aldeias da freguesia que são Campos e Cainha, e logo as duas vizinhas da sede do concelho? Não digo que seja por mal, mas às vezes levam-me a supor que sim. Senhores encilopedistas da Wikipédia: Esta freguesia é constituída pelas aldeias de Campos (parte), Cainha, Covas, Pedreira, Vila Chã (parte), Vilarinho e Vilar de Ferreiros que dá o nome a esta freguesia ainda antes da Nacionalidade ter acontecido.

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Com São Pedro por patrono e a Senhora da Graça por companhia se não se festeja o São João que de Covas é padroeiro, ou Santo António de Vila Chã e Vilarinho, por certo que Vilar se não esquece daquele que anualmente encerra a quadra dos santos populares. Algo já foi corrigido, a foto da igreja paroquial, agora quando a pesquisa começa por Vilar de Ferreiros já aparece a nossa igreja, e não aquela que ainda se mantem na página da respetiva freguesia. Dança-se conforme a música

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 14:16

04
Mar 18

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Passei casualmente pelo site da Senhora da Graça  e ao abri notei que algo de anormal se passa ali. A falta de um pároco com residência em Vilar de Ferreiros faz-se sentir e pode vir a provocar novas contendas entre vizinhos que já estavam serenadas. Mas do que se trata, perguntarão? Eu digo: o site em causa apresenta-se para mim determinantemente a tender para se sobrepor a tudo quanto tem de original, esquecendo quem forneceu os dados que com muito esforço e pesquisa foi aos alfarrábios arrancar o que hoje é informação ao dispor de quem gosta de saber.

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Não esquecer que parte do que consta ali tem direitos de autor e não podem ser usados sem consulta prévia de quem os forneceu na condição de seus nomes constarem visíveis e assim quem consulta o site saber as fontes onde se fundamenta a informação. O Povo de Basto foi elo dessa informação que do saber de Primo Casal Pelayo transbordou para as páginas.

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Tenho reparado que pouco a pouco foram banindo o que em rodapé inicialmente constava no original e leva-me a não calar esta falta de rigor informativo, além do que pode esconder sem que a Irmandade de Nossa Senhora da Graça se aperceba, ou pior ainda se deixe ludibriar. Vamos a pôr os pontos nos “ii” antes que seja tarde. Fica o alerta,  e a chamada de atenção a quem está à frente da Irmandade, mormente o Sr. Padre João Paulo.

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 21:19

19
Fev 18

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Conheci o Sargento Teixeira, na Senhora do Castelo  em Coruche, já não sei em que ano foi. Só sei que foi no casamento de um meu saudoso amigo de Fornos do Frazão, o Guáldino, que para o efeito me convidou. Convite idêntico recebeu por certo o meu saudoso conterrâneo que ao tempo era o comandante do posto da GNR daquele simpática vila ribatejana que o rio Sorraia embeleza. Ficamos amigos e a partir dali sempre que passava por aquelas bandas ia ao posto cumprimenta-lo. Entretanto foi aposentado e soube que veio viver para o concelho de Celorico, donde creio era natural. Também tive conhecimento que veio para Mondim onde trabalhou no escritório do Dr. Prior, advogado, mas nunca tive oportunidade de o contactar. Os anos passaram e entretanto chegou o fim da jornada....  Só muito recentemente, despertado por um amigo  que me  sabia ser amigo dele se  lembrou, ao manusear, na minha presença, O Povo de Basto, de 20/12/17, de chamar atenção para a noticia  do seu falecimento. Deixou saudades. Nascido a 30/01/1928, o saudoso extinto faleceu a 09/12/2018 com 89 anos. Ainda que fora do tempo, a toda a família em luto os meus  sentidos pêsames. Que repouse em paz.

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 20:43

14
Fev 18

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Achei graça a esta do governo querer pôr o fisco a cobrar multas a quem não paga nos transportes públicos, como já não chegasse a respectiva fiscalização das empresas tirar ao transgressor o titulo de transporte, e obrigando a tirar outro além da coima a que fica sujeito. Por alguma razão esta gente que vive à custa dos contribuintes mostra tanto interesse no administrar empresas que na mão dos particulares exigem sejam exemplares nos serviços a prestar ao cidadão e quando delas se apossam tão mal servem e encarecem. Este governo tem ideias raríssimas....

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Mas como nos transportes pior ainda nas nacionalizações e no património nacional como no caso do Pinhal de Leiria, que parece vai passar a ser sobreiro. E dos mais que ficam por enumerar é só passar por onde existem para se tirar a prova. No que toca a património construido basta ver em Tempo Caminhado de 8 do corrente para se formar opinião.

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Ora vejam:“Há património do Estado classificado ao abandono às portas de Lisboa.O forte de Santo António do Estoril, onde Salazar viveu entre 1950 e 1968, encontra-se completamente desfigurado. O monumento construído no século XVI durante o domínio Filipino, está protegido por lei como imóvel de interesse público, mas nada está a ser feito para impedir a sua destruição”.  Como este tantos outros e das nacionalizações se não fosse serem alguns deles adquiridos por particulares já nem vestígios havia, caso do mosteiro de Pombeiro, Arnoia e tantos outros. 

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As pessoas devem ler mais em vez de ver televisão que dá cabo da vista e da mente. Devem estar mais atentas ao que se passa pelo mundo e pelo nosso país. Estar informadas para poderem ter opinião e não serem ludibriados.

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Hoje foi um amigo que me veio despertar que no meu concelho se  tinha declarado mais um caso, daqueles casos que por aí abundam, respondi : “Não tenho nada a ver com isso, pois até tenho simpatia por ele. Mas dizem que "quando há fumo há fogo" e para lá ir a SIC, é porque tem pista onde pode correr... Seja culpa dele seja do anterior se a PJ entrar eles acusam-se mutuamente. E então como diz o ditado, "zangam-se as comadres, sabe-se as verdades". Oxalá não seja nada, pois ele tem feito obra e não sendo mondinense é dos melhores que passaram pela Câmara de Mondim. Politicamente não alinho com o seu partido, mas como autarca sou seu admirador. Muito mais grave é esta da reserva do antiviral Oseltamivir, que Portugal adquiriu em 2005 como medida preventiva contra uma pandemia de gripe, por 22,5 milhões de euros, deixou de ter condições de segurança e vai ser destruída, revelou a directora-geral da saúde. Acho que se não deve gastar o dinheiro assim. Tanta gente que não tem um chavo para comprar pão 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 17:18

21
Jan 18

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Não sei o critério que as enciclopédias usam para recolher as informações que põe ao dispor dos seus consultores, só sei que muitas vezes deparo com faltas de rigor histórico muito  enganosas que me provocam muita  pena. Foi agora o caso, numa recente consulta que fiz à enciclopédia livre Wikipédia à volta de Vilar de Ferreiros onde ao fazer a descrição das aldeias da respectiva freguesia omite duas das suas mais importantes povoações que são Campos (parte) e Cainha. É nestes termos que cita: “Vilar de Ferreiros é uma freguesia portuguesa do concelho de Mondim de Basto, com 16,15 km² de área e 1 136 habitantes (2011). A sua densidade populacional é 70,3 hab/km². A freguesia de Vilar de Ferreiros é constituída pelas aldeias de Vilarinho, Vilar de Ferreiros, Pedreira, Vila Chã e Covas, por ordem decrescente”. Basta consultar o Arquivo Distrital de Vila Real para logo confirmar que a paroquia de São Pedro de Vilar de Ferreiros é composta pelos lugares de Cainha, Campos, Covas, Pedreira, Vila Chã, Vilar de Ferreiros e Vilarinho. Foi abadia da apresentação dos marqueses de Marialva, e vem mencionada nas Inquirições de 1220, sendo já um pequeno município ao qual D. Sancho I estendeu os foros e privilégios outorgados ao vizinho concelho de Ermelo. A ignorância por vezes nestes casos serve de pretexto para mais tarde os mais astutos se agarrarem ao que sem qualquer rigor alguém despejou como sendo informação e mais não é do que enganosa noticia. Não é culpa da enciclopédia livre Wikipédia, mas de certos amadores em matérias que conhecem mal e para se exibirem fazem com elas bandeira.

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Situada no ermo oriental da aldeia denominada Serra de Mondim, fica a povoação de Campos, no caminho – hoje estrada – que liga as terras de Basto a Vila Real ( via Lamas  de Olo). E patamar de quem a pé por Mondim sobe ao santuário de NS da Graça ( Monte Farinha). Entre Campos e a aldeia de Vilar de Ferreiros fica a Cainha, ambas fazem parte da Freguesia de Vilar de Ferreiros, mas tanto Campos, como Vila Chã são divisórias, Campos com São Cristóvão de Mondim e Vila Chã com São Salvador do Bilhó.

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 15:58

04
Jan 18

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Que não vai gostar deste meu gesto de gratidão e sincera amizade já sei antecipadamente, mas ficava de mal com a minha consciência se ao menos neste dia de hoje, 4 de Janeiro omitisse o aniversário da minha distinta conterrânea Maria da Graça Borges de Matos. Os anos não digo, porque às senhoras nunca se pergunta a idade, é corrente dizer. O que neste dia além dos parabéns tenho para realçar desta admiradora e divulgadora dos poetas e prosadores transmontanos é o que já acerca de uns 8 anos, quando a conheci pessoalmente, num encontro que juntou três escritores barrosões em Lisboa, disse dela : “Os nobres sentimentos de generosidade e gratidão com que por regra se adorna a alma transmontana fazem-se evidenciar e reflectir nos actos e atitudes da Maria da Graça”, disse-o então e repito neste dia 4 que desejo goze muito alegre e feliz.  Parabéns à Maria da Graça

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 05:27

11
Nov 17

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Tive à  dias a visita de um conterrâneo meu que não via há anos, pese de vez em quando nos comunicarmos telefonicamente. Falo do Mário do Ervedeiro, um mondinense da velha guarda que não sendo da classe dos bachareis, é do grupo dos que prezam as origens e os valores históricos e culturais da terra onde nasceram e se mantêm ligados de maneira carinhosa. Natural de São Cristóvão de Mondim de Basto, onde no lugar do Ervedeiro nasceu, a 5 de Dezembro de 1948, o Mário que tomou por alcunha o lugar de nascimento, tem costela materna na minha freguesia, pois a mãe Beatriz Gonçalves Miradouro, de saudosa memoria viu, pela primeira vez, a luz do dia no "Bordalém" ( Bairro de Além) em Vilar de Ferreiros. Conheci-a  muito bem,  assim como o marido, Joaquim António Machado, natural de Atei, quando caseiros do Abade Miranda, em Vilar .Mas é do Mário e do motivo que o moveu desta vez para me visitar que vou falar. Vinha munido de papéis e empurrado pelo desejo de ver realçado o nome de quem se destacou na defesa daqueles que ficaram nos seus postos de ocupação, ora mais perto, ora mais afastados do cenário de guerra onde se desenrolaram as operações militares da 1ª Grande Guerra Mundial, como foi o caso do soldado Alfredo Machado que combateu em França. Este combatente que foi "prisioneiro de guerra", era natural de Atei, onde nasceu a 27 de Dezembro de 1895 no lugar da Barroca. Era filho de Bento Machado e de Maria Amélia Portela de Figueiredo, residentes nesse local. Alistado a 16 de Agosto de 1915, embarcou para França em 23 de Setembro de 1917; após regressado ao país foi licenciado a 30 de Agosto de 1919, passando entretanto à reserva activa a 31 de Dezembro desse mesmo ano. Em França combateu e batalhou por forma a merecer ser distinguido com a "Medalha Militar de Cobres", 1917/1918. Terá sido também um dos combatentes da batalha de 9 de Abril em La Lys, onde o nosso transmontano "Milhões" se notabilizou. Certo é que se trata de um daqueles mondinenses que honraram a terra e a gente deste concelho e da região de Basto, sem fazer alarido, mas apenas guiado pelo dever de cidadania e nobreza de carácter típico do povo honrado e laborioso. Foi dado como morto, na guerra e por isso tinha na terra o alcunha do "morto vivo".

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Foi isso que fez o neto vir ter comigo para me falar do seu avô. E não só, do avô, também de um tio paterno que no Brasil se tornou figura estimada e reconhecida pelo seu espírito empreendedor e generoso. Cedo emigrou para o Brasil, tendo-se fixado em Tauá, um município brasileiro do estado de Ceará, na região nordeste do país. Começando por vendedor de pão, de Portugal levava umas luzes de carpintaria em que foi iniciado. Isto lhe foi muito útil pois além do jeito para o comercio de merceeiro, e de negociante em ferro-velho, o Sr. Alfredo Machado - tinha o nome do pai - foi um apaixonado por projectos de construção que sempre conciliou com as demais actividades. A sua coroa de glória surge em 1976 quando vê a construção da igreja de Nossa Senhora de Fátima, na estrada do Dendê, obra que planejou e foi director responsável. Faleceu a 31 de Outubro de 2015. Ao Mário Machado, neto de um Alfredo e sobrinho doutro, os meus parabéns por se lembrar de mondinenses que a história local ignora mas que por onde passaram marcaram e honraram destacadamente as suas origens. 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 13:39

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