(S.Tomás de Aquino, Doutor da Igreja)
São Tomás Aquino é o teólogo mais representativo da escolástica (linha filosófica medieval de base cristã), daí também a mais notável testemunha do renascimento cultural do séc. XIII. Natural de Roccasecca (Italia), onde nasceu em 1224 ou 1225; fez os primeiros estudos no Mosteiro de Monte Cassino, ao tempo marco da cultura e símbolo do regime feudal. Continuou a formação na Universidade de Nápoles, onde se estudavam as ultimas novidades, numa primeira iniciação à ciência árabe e á razão grega. É aqui que Tomás de Aquino decide o seu futuro e entra na ordem dos Frades Pregadores, também acabada de fundar por São Domingos de Gusmão, no Sul de França. Contrariando a família de Monte Cassino, o jovem noviço parte para Paris, onde na Universidade parisiense, com todo o apego, a fecundidade do seu pensamento se desenvolve e a teologia ganha um genial teólogo que vai revelar-se no seio dessa instituição superior, em Paris, Colónia, Roma e Nápoles. Na sua formação intelectual pesou além de Aristóteles, não menos os trabalhos de Santo Agostinho, Avicena, Averróis e outros nomes famosos do pensamento superior.
(Aristóteles, filósifo grego)
Mas é de tal maneira notória a influencia de Aristóteles na sua filosofia que esta é também designada como aristotelismo cristão. Faleceu em Fossanova (Italia), a 07 de Março de 1274, quando se dirigia para o Concilio de Leão. Autor de uma obra diversa e fecunda, este notável teólogo, filosofo e padre dominicano foi declarado santo a 18 de Julho de 1323, por João XXII. A Igreja celebra a sua festa a 28 de Janeiro. Das suas obras principais destacamos: “Suma Contra os Gentios” e “Suma Teológica”. Para além do sagrado respeito que todos os modelos de santidade que a Igreja Católica propõem aos fieis cristãos, São Tomás de Aquino tem, para mim, a particularidade de ser o autor de “Adóro te, devóte”, uma oração que gosto de rezar, sobretudo à quinta-feira, e não sou religioso e muito menos beato. Sou um vulgar baptizado.