Com amável dedicatória foi me ofertado um interessante trabalho bibliográfico de aturada pesquisa pela distinta madeirense Maria de Fátima Mendonça Teixeira Gomes. Natural do Machico, onde nasceu a 28 de Agosto de 1946, a D. Fátima é uma coleccionadora de formaturas universitárias que se deixam rever num conjunto de ocupações profissionais desempenhadas até à sua aposentação; onde além de responsável pela Acção Social do Município do Funchal – Sectores da Habitação, Infantários, Trabalhadores Municipais/Pessoal - , leccionou no Colégio de Santa Teresinha, na Escola do Magistério Primário e na Escola Secundária Francisco Franco. Autora de várias publicações, a mais recente versa à volta de uma ilustre machiqueira, que do Colégio de Santa Teresinha foi directora desde Setembro de 1954 a Agosto de 1971, a Irmã Benvinda ou Matilde de Sousa.
Em 173 páginas, ilustradas com imagens alusivas ao tema, o texto leva-nos ao encontro duma figura madeirense que se distinguiu, como alma consagrada, no serviço ao próximo e que por isso, a autora no Ano dos Consagrados (2015) e agora no da Misericórdia(2016) quis destacar, honrando, também, entre muitas, a memória de duas personagens que, na Madeira, por amor se deram à educação da juventude, atendimento aos pobres e doentes, e que foram a venerável Irmã Mary Jane Wilson, e a Irmã Benvinda. Ambas se notabilizaram em obras de caridade e educação, patentes em: orfanato, farmácia e colégio. A vertente biográfica é evidente no labor editorial da Professora Fátima Gomes e testei-o já em obra anterior sob o titulo “Da Fé, Brotam as Obras” que D. Maurílio Gouveia prefaciou, e ela consagrou á Vida e Obra de Maria Eugénia de Canavial. Decorridos dois anos aqui temos mais um interessante trabalho seu que como então comentei “não se pode ficar circunscrito aos madeirenses é para ser conhecido e bem divulgado”. Neste, temos de novo a distinta autora com mais um excelente trabalho de pesquisa e arrolamento que mereceu de Bispo Emérito do Funchal, D. Teodoro, as elogiosas referencias “ Felicito a autora do livro que nos conduziu pela mão desde o vale de Machico, ao colégio humilde de Santa Teresinha em Santa Luzia, ao grande monumento do novo Colégio, necessário para o crescimento cultural e espiritual das alunas, à cidade de Lisboa e à Roma de São Pedro e São Paulo, ( só faltou Jerusalém) para depois penetrar na tórrida África, e finalmente, de novo retornar à Madeira”. Uma obra que satisfaz ler e que em verso e prosa conduz o leitor às entranhas culturais, espirituais, históricas e sociais do povo madeirense.