Monte Farinha
Aproposito da teimosia em se construir a barragem de Fridão e desse modo matar o encanto do leito do Tâmega, no troço entre Amarante e Caves, tenho presente um comentário feito por figura mondinense, em 2008, que reproduzo: “Qualquer Transmontano com verdadeiro amor ao Torrão Natal, sente como se fosse na sua pele, os atentados devastadores a este "Reino Maravilhoso" que são as nossas montanhas e os rios da nossas terras”. Agora que António Costa andou por Mondim de Basto voltou o Fridão à baila, com a EDP a engraxar mediante promessa de apoio a 2,7 quilómetros de estrada orçada em 8,5 milhões de euros
Fisgas de Ermelo
Não deixo entretanto de felicitar o Eng. Humberto Cerqueira pelo seu empenho em ver Mondim de Basto acompanhar o progresso e desenvolvimento que, sobretudo no litoral, muitas terras conseguiram, mas que não seja com barragens no Tâmega, nem pedreiras no Monte Farinha. Duvido que não hajam mondinenses com capacidade, até económica, para apostar em projectos que se apliquem às carências do concelho e que a autarquia facilite ou promova essa hipotética possibilidade.
Tâmega
Que melhorem os acessos à região e se criem estruturas locais capazes de satisfazer as ansiedades de quem ali vive, merece louvor. Mas nunca em prejuízo do património natural ou construído, que no fundo é graças a ele que Mondim atrai visitantes e turistas. O Monte Farinha, as Fisgas e o Tâmega são os três pilares suficientes para garantir uma industria hoteleira sustentável, e o que à volta dela resulte em promoção social e cultural. A barragem pode avançar, mas em vez de louvor, os mondinenses que amam a beleza paisagística da sua terra jamais vão desculpar tão rude atentado contra o“sagrado Tameobrigus”. Há indivíduos que só pensam pela cabeça dos outros, é tempo de lhes lembrar que também devem pensar com a deles