Neste blog, vou passar fazer todo aquele trabalho que habitualmente tenho vindo a distribuir por vários blogs. Dar descanso aos velhos....

06
Mar 17

Do alto com Maria, para com Maria chegar a Jesus..

 Monte Farinha
Aproposito da teimosia em se construir a barragem de Fridão e desse modo matar o encanto do leito do Tâmega, no troço entre Amarante e Caves, tenho presente um comentário feito por figura mondinense, em 2008, que reproduzo: “Qualquer Transmontano com verdadeiro amor ao Torrão Natal, sente como se fosse na sua pele, os atentados devastadores a este "Reino Maravilhoso" que são as nossas montanhas e os rios da nossas terras”. Agora que António Costa andou por Mondim de Basto voltou o Fridão à baila, com a EDP a engraxar mediante promessa de apoio a 2,7 quilómetros de estrada orçada em 8,5 milhões de euros

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 Fisgas de Ermelo
Não deixo entretanto de felicitar o Eng. Humberto Cerqueira pelo seu empenho em ver Mondim de Basto acompanhar o progresso e desenvolvimento que, sobretudo no litoral, muitas terras conseguiram, mas que não seja com barragens no Tâmega, nem pedreiras no Monte Farinha. Duvido que não hajam mondinenses com capacidade, até económica, para apostar em projectos que se apliquem às carências do concelho e que a autarquia facilite ou promova essa hipotética possibilidade.

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Tâmega

Que melhorem os acessos à região e se criem estruturas locais capazes de satisfazer as ansiedades de quem ali vive, merece louvor. Mas nunca em prejuízo do património natural ou construído, que no fundo é graças a ele que Mondim atrai visitantes e turistas. O Monte Farinha, as Fisgas e o Tâmega são os três pilares suficientes para garantir uma industria hoteleira sustentável, e o que à volta dela resulte em promoção social e cultural. A barragem pode avançar, mas em vez de louvor, os mondinenses que amam a beleza paisagística da sua terra jamais vão desculpar tão rude atentado contra o“sagrado Tameobrigus”. Há indivíduos que só pensam pela cabeça dos outros, é tempo de lhes lembrar que também devem pensar com a deles

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 14:45

10
Jun 16

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 Veio-me ter à mão mais uma daquelas peças moldadas a tinta de imprensa que só o Ginho com a sua capacidade e engenho sabe materializar, e que me trouxe da montanha, onde tenho as minhas raízes, uma perfeita imagem histórica, etnográfica e paisagística, com o titulo: Mondim de Basto.

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 Enriquecida com imerecida dedicatória, uma ilustrada monografia da vila e do concelho a quem D. Manuel I deu carta de foral e manteve até tarde terras regalengas, este guião turístico leva-nos a usar da perspicácia para quando no terreno entender a linguagem das pedras, dos carreiros e atalhos, dos rios e fontes, da arquitectura urbanística e dos montes e vales, deste concelho escondido da vista, mas que no coração palpita. Começa bem, com:
“Um cibo de terra roubado,/A um mar de pinheiros sem fim, /Um Monte e um Rio ao lado,/E lá no meio – Mondim !!!”.

Das “origens” às “histórias & lendas” e dos “factos” aos “ romanos”, nos dá, Luís Jales de Oliveira, em álbum muito bem ilustrado com imagens, prosa e poesia exemplificativa do que de Mondim de Basto só um mondinense do seu calibre á capaz.

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 Temos assim em verso e prosa, ilustrado com imagens, todo um desfilar da história de um concelho rural da região de Basto, que por ficar na margem esquerda do Tâmega e nas faldas do Marão, - onde pontifica o Rio, mas também o Monte Farinha e as Fisgas de Ermelo - é território transmontano, na zona de transição com o Minho, por Celorico e Cabeceiras de Basto (Braga) .

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Repetindo o convite com que o autor, Luís Jales de Oliveira, faz ao leitor, transcrevo: “ Dizia o povo que quem bebesse da água do Barrio ficaria enfeitiçado e jamais haveria de partir. Venha beber da nossa identidade e deixe-se enfeitiçar por Mondim”. Muitas vezes lá bebi, mas, por aldoes da vida, resisti ao feitiço...

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Uma forma original para encerrar este atraente cardápio turístico, com um convite ao leitor do livro a se deter na ementa e escolher a seu gosto. Tem muito por onde, e diversificado. Do património cultural ao construído, do desporto profissional ao amadorismo e de lazer, não falta em Mondim. Sem pretensões de historiador fecundo, mas muito sabedor do que escreve, o Ginho, desce pela mão dos entendidos às remotas origens históricas da nossa terra, mais para varrer poeira que ao longo de séculos se acumulou, para desviando-a facilitar as gerações futuras e actuais a conhecer o que agora Mondim ainda tem de maravilhoso para mostrar. Leva-nos serra fora, desde o "castroeyro" à " cruz do Jugal", e pela cumeada até às grutas de Campanhó. E ao Ermelo, para nos mostrar as Fisgas.

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A vila, a montanha e as suas aldeias, os ribeiros e ribeiras, a fauna e flora do Alvão, as festas e romarias, a música, o folclore, as tradições, os artistas da pedra, da madeira e do ferro, são motivos a juntar a uma gastronomia, onde impera o “verdasco” de muita qualidade, a famosa carne maronesa, o pão cozido nos fornos a lenha, e moído nos típicos moinhos de rodízio, depois de cultivado pelo lavrador nos campos e lameiros de entre Tâmega e Lamas de Ôlo. Mais um diamante lapidado com gosto e muita arte por Luís Jales Oliveira.

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 14:58

20
Mai 15

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(Ponte de Mondim)

           Com a mesma triste sorte do Tâmega, está o rio Ôlo cuja paisagem corre o risco de ser destruída pelo capricho e arrogância de governantes armados em progressistas. Há que repensar a sério. Sabemos que no caso de Fridão só Amarante se mantém em luta e preocupado com a construção. E razão tem, além do impacto ambiental, o perigo de em  caso de acidente "atendendo à distância da edificação da barragem com mais de 110 metros de altura (a 6 km de Amarante), uma onda de cheia mais alta do que a igreja de São Gonçalo demoraria apenas 5 minutos a chegar ao Arquinho". Mas como bestas sem tino que se deixam guiar, quantas vezes por uma pala, o mal é feito e sempre em nome do bem comum. A ignorância, no meio de ignorantes é rainha. Celorico não tem património que não sejam as várzeas desabitadas para defender; já Mondim é muito diferente. Tem uma ponte, construída no reinado de D. Maria I, em 1882; uma área de azenhas e engenhos de linho que a memória tem presente e guarda; tem a praia fluvial onde a juventude mondinense se banhou e aprendeu a nadar e amar o rio, como querem agora destruir séculos de história? E Atei que perde terrenos de cultivo valiosos e o que resta da sua ponte Romana.

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(O Tâmega junto e a jusante da ponte de Cavez)

          Cabeceiras se lhe mantiver a ponte de Cavez de pé, pouco tem a perder e Ribeira de Pena é que não perde nada. Quem perde é o rio Tâmega e a Região de Basto  

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 21:35

08
Fev 15

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           O facto de se poder exibir o titulo de Património Mundial da UNESCO não basta para garantir a importância e valor dessa distinção se entretanto os seus zeladores não sabem ou não querem acarinhar o honroso merecimento. Estou a lembrar-me do Douro, onde sem terem em atenção a beleza das margens e arribas deixam que o leito do seu rio seja danificado com banheiras que travam a liberdade às águas e roubam encanto à paisagem natural. Ou como vi na Ilha de Moçambique que sendo zona classificada o seu aspecto era duma cidade paupérrima e desprezada. O ver agora viva a intenção de propor as Fisgas de Ermelo a essa dignidade fez-me recordar o que há recuados anos me debati pela defesa desse sedutor e dantesco aspecto paisagístico que de forma admirável Mons. Ângelo Minhava enalteceu em “ A Cabrilada” e que do Marão é a pérola mais valiosa e da Península Ibérica a catarata ou fisga maior.

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          Solar que foi da águia real do Marão para defesa da sua permanência ali cheguei a pedir pessoalmente a intervenção do Eng. Pinto e Cruz, então presidente da Câmara e responsável do Perímetro Florestal do concelho, que procurou fazer por isso, mas já não era possível. As Fisgas estavam profanadas e as águias deixaram os ninhos vazios nas inacessíveis escarpas rochosas para nunca mais visitar. Dizem que vieram os falcões ocupar o seu lugar, nunca lá vi nenhum. Quem mo garantiu foi um médico de Fafe, que esteve ligado à criação do Parque. Que esta pérola do Marão, orgulho do meu concelho, Mondim de Basto, seja considerada como tal, e a iniciativa do Eng. Humberto Cerqueira seja correspondida em beneficio de toda a região de Basto e em particular dos habitantes desta transmontana serrania, por onde corre o Olo que molda, alimenta, atrai e seduz quem ali vive ou por ali passa. Mas não esquecer que o belo-horrível faz parte do cenário…

 

 

 

 

 

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 22:30

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