Neste blog, vou passar fazer todo aquele trabalho que habitualmente tenho vindo a distribuir por vários blogs. Dar descanso aos velhos....

27
Jun 16

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Há muitos anos que no mês de Maio costume fazer uma “romaria” ao Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel com um grupo de amigos também devotos de Nossa Senhora. Fica situado no concelho de Sesimbra, distrito de Setúbal. Com mais de 600 anos, a igreja deste santuário foi iniciado em 1701 e sagrada em 1707. A devoção surge à volta de uma imagem encontrada em cima de um rochedo e mereceu dos crentes dotar o sítio com uma pequena ermida que deu origem ao famoso santuário que hoje é. Só uma visita ao local dá do local a imagem autêntica. E da vizinha e sedutora Arrábida, vamos em demanda da capital do Minho, para falar do Sameiro. Foi numa dessas viagens que adquiri este postal, não sei quando.

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 Começou por um simples monumento em honra da Imaculada Conceição, em 1854, logo a iniciativa do Padre Martinho António Pereira da Silva ganha o carinho do povo português de modo que em Junho de 1870 começa a construção de uma capela perto daquele monumento. Não é preciso adiantar mais, a não ser que em 1964 o Papa Paulo VI elevou o Santuário à categoria de Basílica , e em 15 de Maio de 1982 teve a visita de São João Paulo II. O qual lhe concedeu a Rosa de Ouro, em 2004. – Este postal foi-me enviado pelo saudoso pintor sacro Sebastião Pinto da Silva, pelo Natal de 1986.

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 Continuando no Minho vamos de Braga por Guimarães e Fafe, onde pela EN 206, depois de em São Gens atravessar a Pica,  atingir o planalto  e entrar na Lameira, já do concelho de Celorico de Basto. Ali, ainda antes de perder de vista o vale de Ave, para penetrar no vale do Tâmega, uma placa indicativa, à nossa direita, aponta a direção do vizinho alto do Viso, onde uma imagem de culto mariano com aquele titulo atrai muitos devotos. O culto é antigo, e consta na lenda das “Sete Santas Irmãs” que o povo conta também, com santa ignorância. São elas: NS da Graça, NS dos Remédios, NS das Neves, NS das Graças, NS da Ourada, NS do Porto e Nossa Senhora do Viso. Situada a 856 metros de altitude, esta ermida além do espectacular miradouro, oferece aos visitantes uma zona de lazer excelente, onde sossegadamente o forasteiro pode reflectir descansar e gozar do panorama que o Monte do Viso deixa ver. Tem festa grande no 2º domingo de Setembro, que o Arciprestado de Celorico costuma aproveitar para fazer a sua peregrinação anual. Uma das preces mais repetidas ali é esta: “ Nossa Senhora do Viso dai-nos juízo até à hora da morte”. – Este postal foi-me enviado pelo saudoso Padre Guedes, em 13/VI/1970.

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 E já nas margens do lado esquerdo do Tâmega, em terras do concelho de Mondim de Basto, em Tras-os-Montes,  temos o Monte Farinha assim descrito: 

Do Santuário de Nossa Senhora da Graça já está tudo dito e sabido face à divulgação que lhe tem sido dada, e com justo merecimento, pois além do trono que é da sua padroeira, é também o mais sublime miradouro da região de Basto e no género o mais belo de Portugal. À volta deste santuário e do relevo paisagístico onde se situa sou desde há muitos anos zeloso divulgador dos seus encantos e denunciador do que de nefasto possa denegrir aquela pirâmide verde que Nossa Senhora da Graça coroa. Deste vez não recomendo nenhum dos blogs que abrem por aquimetem, mas antes citando IGOGO que sem dizer muito, diz tudo. Este postal com o altar de NS da Graça, foi-me enviado da aldeia de Vilarinho, em 08/09/1980, pelo meu conterrâneo José Francisco Borges Lopes.

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 23:12

25
Mar 16

 

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Nasceu este nosso saudoso amigo na freguesia de Molares, concelho de Celorico de Basto, a 17 de Maio de 1922, tendo falecido no hospital de Arnoia, a 13 de Abril de 1981 e sepultado no cemitério de Britelo, no dia seguinte.
Foi empregado da Caves do Campo, na sua terra–natal; e de funcionário da Casa do Povo de Fermil de Basto. Mais tarde desempenhou o cargo de fiscal de obras, na barragem da Venda Nova, tendo acabado por se dedicar ao ensino oficial na qualidade de Regente Escolar, missão que desempenhou em São Mamede de Coronado (Santo Tirso) e em Guilhufe (Penafiel).
Desiludido com a remuneração atribuída ao professorado primário de então, resolveu regressar ao seu concelho que muito amava, deixando, entretanto, muitos amigos e admiradores por toda a parte aonde passou.
Tendo casado, no Porto, com D. Maria Eugénia Rodrigues Lopes fixou residência no lugar de Carril, Celorico de Basto, depois de ter vivido algum tempo em Molares.
Com uma vocação extraordinária para a poesia e prosa são inúmeros os trabalhos dispersos que José Lopes deixou publicados por jornais e revistas do País e cuja recolha e reunião em volume no todo ou em parte é uma divida que Celorico de Basto tem para com este seu filho que poeta nasceu e poeta morreu….
Autor com António Senra - outro poeta da região - da letra da Marcha de Vilar de Ferreiros e de um poema consagrado ao Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho, publicado no nº 3 dessa associação, o “Pascoal de Molares”, José Lopes, jamais será esquecido do povo que "tendo o Marão por encosto e da Virgem o grácil rosto no alto Monte Farinha". A minha homenagem de saudosa memória por ocasião dos trinta e cinco anos do seu passamento.

 

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Também foi dos que acreditou no 25 de Abril, como manifestou por imagem…e versos com que me presenteou pelo Natal de 1974. Hoje duvido que tivesse a mesmo sentimento, uma vez que tudo se mantem como dantes, ou pior.

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Mas vamos aos versos:
Boas Festas de Natal
Ao Amigo Costa P’reira
São meus votos sem igual
Pela festa que se abeira !
Neste postal ilustrado
Pelo seu significado
Vê-se a virtude altruísta:
Um democrata aguerrido
Mostra o código temido
Ao seu amigo fascista!
Haja paz, haja concórdia
Também haja misericórdia
Nesta festa de Natal.
Pois Deus também perdoou
Àquele que o matou
E nunca a ninguém quis mal !
José Lopes

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 17:25

09
Mar 16

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Vila e sede de concelho notável pelo seu património cultural, económico e artístico, Celorico de Basto é hoje uma terra em franco desenvolvimento que tem nas vilas de Fermil e de Gandarela dois pilares importantíssimos. Mas é no castelo e no convento de Arnoia que o estudioso vai encontrar a rampa de lançamento que esta vila, de terras de Ribatâmega, a partir de um D. Múnio Muniz toma a sua actual identidade. Primeiro, com o nome de “Vila de Basto”, e situada nas proximidades do castelo, graças ao foral recebido de D. Manuel I, em 29 de Março de 1520; sendo transferida depois para o sítio de Outeiro Coelho, e finalmente, por provisão de D. João V, de 21 de Abril de 1719, para o lugar de Freixieiro, com a designação de “Vila Nova de Freixieiro”, hoje Celorico de Basto.

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A fundação deste Mosteiro ainda que incerta é por alguns atribuída a um descendente de D. Afonso Henriques, D. Múnio Muniz, nos finais do sec. X, que terá sido alcaide do castelo, e porque num tumulo vazio encontraram uma lápida com seu nome; outros defendem que foi D. Arnaldo Baião, nos finais do séc. IX quem fundou o Mosteiro de São João do Ermo de Arnoia. Certo é que este monumento histórico foi ocupado pelos monges da Ordem de São Bento até serem extintas as ordens religiosas, e só não teve a sorte de tantos outros porque ficou a cargo da Paróquia de Arnoia que numa das suas antigas alas fundou o então Hospital Civil de São Bento de Arnoia.

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Na vila, em frente ao antigo edifício da Câmara Municipal ergue-se a estátua de João Pinto Ribeiro, um dos celebres conjurados do 01 de Dezembro de 1640. Segundo se diz terá sido ele quem incentivou o então Duque de Bragança, D. João, a avançar para a conspiração. Ligado a Celorico devido à mãe possuir uma propriedade em Arnoia, e um seu sobrinho também outra, em Gémeos.

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 Praça Albino Alves Pereira, um generoso celoricense, nascido em Arnoia, mas que muito jovem foi para o Brasil, onde fez fortuna. Regressado a Portugal à procura de cuidados para a doença que o vitimou, ao saber que na sua terra havia um hospital carecido de meios económicos acabou por lhe legar toda a sua fortuna. Terra de gente generosa, que até o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa considera como sua, e eu também, porque em Fermil de Basto vivi parte da minha adolescência.

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 10:49

20
Mai 15

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(Ponte de Mondim)

           Com a mesma triste sorte do Tâmega, está o rio Ôlo cuja paisagem corre o risco de ser destruída pelo capricho e arrogância de governantes armados em progressistas. Há que repensar a sério. Sabemos que no caso de Fridão só Amarante se mantém em luta e preocupado com a construção. E razão tem, além do impacto ambiental, o perigo de em  caso de acidente "atendendo à distância da edificação da barragem com mais de 110 metros de altura (a 6 km de Amarante), uma onda de cheia mais alta do que a igreja de São Gonçalo demoraria apenas 5 minutos a chegar ao Arquinho". Mas como bestas sem tino que se deixam guiar, quantas vezes por uma pala, o mal é feito e sempre em nome do bem comum. A ignorância, no meio de ignorantes é rainha. Celorico não tem património que não sejam as várzeas desabitadas para defender; já Mondim é muito diferente. Tem uma ponte, construída no reinado de D. Maria I, em 1882; uma área de azenhas e engenhos de linho que a memória tem presente e guarda; tem a praia fluvial onde a juventude mondinense se banhou e aprendeu a nadar e amar o rio, como querem agora destruir séculos de história? E Atei que perde terrenos de cultivo valiosos e o que resta da sua ponte Romana.

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(O Tâmega junto e a jusante da ponte de Cavez)

          Cabeceiras se lhe mantiver a ponte de Cavez de pé, pouco tem a perder e Ribeira de Pena é que não perde nada. Quem perde é o rio Tâmega e a Região de Basto  

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 21:35

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