Capital de distrito e sede da diocese de Bragança/Miranda, esta cidade transmontana é das mais importantes da antiga província de Trás-os-Montes e Alto Douro. Dos seus monumentos históricos ressai pela originalidade o Domus Municipalis que com a igreja de Santa Maria enriquece o interior da amuralhada cerca do castelo. Obra do século XII ainda que muito se tenha dito dele, sobre a sua finalidade continua a não existir consenso entre os estudiosos. Certo é que serviu como cisterna de água, e que em tempos mais próximos chegou a ser utilizado como “Casa Municipal”, pela Administração Municipal de Bragança, ou seja Paços do Concelho. Importante é que desde 1910 está classificado como Monumento Nacional.
Dos seus notáveis se destaca um Dom Mendo Alão que foi senhor da então Vila de Bragança; um Abade de Baçal, insigne arqueólogo, historiador e genealogista português; um Cavaleiro Ferreira que foi Ministro da Justiça, e outros como o filólogo e gramático Augusto Moreno, ou um Abílio Beça, que na qualidade de governador civil e de deputado honrou a cidade, o distrito, a província e o país. Este o burgo que o regente D. Pedro, em 1442, elevou a sede de ducado concedido a seu irmão D. Afonso, 8ºconde de Barcelos, que fora genro de D. Nuno Alvares Pereira, e D. Afonso V, que em 1446, elevou à categoria de cidade. Que quem for ao extremo nordeste de Trás-os-Montes, nas margens do rio Fervença, não perca oportunidade de subir ao alto do seu castelo e dos muros apreciar à distância as serras de Montesinhos e de Sanabria, a norte; a de Rebordões, a nordeste; e a de Nogueira, a oeste. Vale apena visitar Bragança.