Neste blog, vou passar fazer todo aquele trabalho que habitualmente tenho vindo a distribuir por vários blogs. Dar descanso aos velhos....

25
Ago 15

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No domingo, ás 08h00, um grupo de onze exploradores dos encantos de Portugal estava no Casal dos Afonsos prontos para iniciar a tarefa. Pela IC2 até Coimbra para apanhar IP3, onde no Bar 21, de Penacova, se tomou o cafezinho matinal. Depois pela IC6 até ao encontro duma placa indicativa de Avô. Antes de descer a esta aldeia que o rio Alva atravessa, paramos no seu panorâmico miradouro: Varandas de Avô. Muito interessante.

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Em Avô que já foi sede de município, fomos visitar a Praia Fluvial no centro da aldeia, e só lá não almoçamos porque o restaurante é mais esplanada do que salão de almoços, e a temperatura no domingo pedia agasalho. Mas ficou a visita a esta bela unidade das Praias Fluviais das Aldeias do Xisto.  

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Almoçamos mais adiante no selecto restaurante Varandas Verdes Lda, na Quinta da Vila Franca – Ponte das Três Entradas. Restaurante que , sob gerência do Sr. Carlos Pimentel, prima na qualidade e no bem servir.

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No fim do almoço há que atravessar a ponte em direcção à Aldeia das Dez, a freguesia onde no lugar de Vale de Maceira, fica o famoso santuário mariano de Nossa Senhora das Preces, que neste blog já noutra ocasião tratei com certo destaque. Era um dos alvos programados para visitar neste passeio, e assim aconteceu.

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Do grupo só eu conhecia este local de oração e complexo de turismo religioso, acrescido pela capelinha de Nossa Senhora das Necessidades que se venera no alto do Colcurinho, miradouro fantástico da serra do Açor, nas fraldas da Estrela.

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O fresquinho, naquela altitude, fazia-se sentir ali, mas o panorama é impressionante e a tarde convidava a prosseguir na exploração das maravilhas de montanha.

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Do grupo uma voz se levantou a sugerir a visita à aldeia histórica do Piódão, considerada uma das mais bonitas de Portugal. Sempre é mais suave que nestas alturas agrestes

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Descemos até lá para visitar e lanchar do farnel.

 Visita feita foi o regresso ao cimo da serra agora para seguir a estrada que pelas alturas conduz a Coja, e uma vez ali ir ao encontro da IC6 para regressar pelo conhecido trajecto à capital do barro leiriense, com muita chuva para o final da tarde. Mas amiga, porque nos deixou gozar o dia por inteiro.

 

 

 

 

 

 

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 20:44

31
Out 14

 

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 Por onde subi, desci, mas agora quando já na estrada florestal e no topo da área ajardinada do Santuário, uma capelinha, da mártir Santa Eufémia, convida a uma breve paragem. Também um belo miradouro sobranceiro ao vale do Alva.

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 São pelo menos três as festas que com destaque se festejam sob tutela da Irmandade de Nossa Senhora das Preces; em fins de Maio ou princípios de Junho, Nossa Senhora das Necessidades; por inícios de Julho, a Festa de Nossa Senhora das Preces; em meados de Setembro, a Festa de Santa Eufémia; e também a Festa da Castanha, no ultimo domingo de Outubro.

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E de novo aqui, para me despedir faço-o com estes versos que se supõe sejam do P. Paulo da Fonceca: "Sem desemparar o Colcurinho/Descestes ao Vale de Maceira/E ai dais aos vossos filhos/Huma proteção verdadeira.

Eu te respeito Vale de Maceira/Tu mereces toda a veneração/Pois a Virgem do Colcurinho/Te escolheo para habitação".

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E pela mesmo portão  por onde entrei neste encantador recinto sagrado, deixei ao fim da tarde Vale de Maceira, e como amigos os Srs. Abel Gouveia e Basílio Martins; este, soube agora esteve recentemente, na minha terra natal, em visita a Nossa Senhora da Graça (Monte Farinha).  

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De regresso a casa, por Aldeia das Dez, Ponte das 3 Entradas, e seguindo, antes das Varandas, descer ao centro de Avô, atravessar o Alva para a margem esquerda, em direcção a Coja, Arganil, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Condeixa, Pombal e Santo Aleixo da Bajouca, onde 20h00, o Sr. Padre Melquiades tinha Missa a celebrar. Um dia em beleza!

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Fontes de consulta:

NOSSA SENHORA DAS PRECES, 1945, do Padre Augusto Nunes Pereira e Padre Mário Oliveira de Brito.

JF de Aldeia das Dez.

Correiodetorrosel

A Voz do Goulinho

Desdobráveis da Irmandade de NS das Preces

Jornal de Noticias, de 12/02/014

 

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 13:34

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Este o inicio das capelas da Via Sacra que se estendem ao longo da parte superior da mata.

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 Parte superior da mata

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A capela da discórdia que por causa da restauração das imagens dos Apóstolo andou recentemente na boca do mundo, devido aos críticos de quem faz aquilo que quem tinha obrigação de fazer se esquece e deixa que o património apodreça e o caruncho consuma. Miguel Vieira Duque foi o responsável por um restauro que a Associação Profissional de Conservadores-Restauradores de Portugal (ARP) não viu com bons olhos e vai de condenar um trabalho que carecia ser feito, pois as imagens há muito estavam danificadas sem que as “sumidades” em arte de paleta e de cinzel disso se importassem cuidar.

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Por isso dou razão a Miguel Vieira Duque quando diz :”O resultado final enche-me de orgulho”.

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E mais, nem mesmo quem a nível diocesano superintende naquele património  tem moral para condenar o restauro, visto o estado em que as imagens se encontravam, há muito que pediam restauração sem que ninguém se preocupasse, como muito bem recorda Basílio Martins: “estava tudo estragado, com rachadelas, esculturas sem dedos e sem olhos”, por isso estou "satisfeito com o trabalho", acrescenta.

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Uma placa indicativa aponta a direcção da Via Sacra, à direita, e à esquerda orienta para Chão Sobral, Monte do Colcurinho (NS das Necessidades) e Piodão. Foi por aqui que saí para visitar o miradouro sagrado do Colcurinho que mesmo com tempo disponível, nem sempre se presta para subir até lá, sobretudo quando a neve cobre o monte ou o vento cortante da serrania do Açor faz realçar a sua soberania naquelas altitudes que têm por padroeira Nossa Senhora das Necessidades.Também no Estio, o calor naquele lugar xistoso e desamparado, sem sombras, nem atractivos que não sejam as fabulosas vistas panorâmicas que dali se alcançam e a capelinha, desmotivam a demora do visitante, assim como também o afastado de povoações  seja outro obstáculo para segurar no Colcurinho quem por devoção ou curiosidade faz a sua escalada, que não seja em Maio por ocasião da Festa da Senhora das Necessidades.

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Cresse que tenham sido estas as razões que fizeram descer de lá a imagem primitiva de Nossa Senhora para Vale de Maceira, e ali Lhe darem acolhimento e capelinha para o efeito construída, e que tudo aponta rondar pelo inicio do Séc. XVI ou princípios do XVII. A inacessibilidade do lugar pesou nessa transferência para Vale de Maceira que entretanto se torna famoso centro de peregrinação e romagem de terras Beirãs. Ao tempo em território do antigo município de Avô.

 

 

 

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 09:00

30
Out 14

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 Descer à parte inferior da cerca e fazer uma digressão pedestre pelo luxuriante e atractivo espaço faz parte do roteiro de quem em peregrinação ou romagem visita o Santuário de Nossa Senhora das Preces. Também eu cumpri a minha obrigação pese o pouco terreno percorrido, mas as pernas nem sempre ajudam.

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Desci por uma escadaria, junto ao posto de venda de recordações e artigos religiosos, que de pronto nos introduz naquele cenário botânico, onde também o romeiro ou peregrino faz oração, louvando a Deus por tanta maravilha natural.

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 Todo este percurso botânico foi elaborado pelos Clubes da Floresta do distrito de Coimbra, aderentes ao Projeto PROSEPE, um programa de educação para a cidadania, o ambiente e a floresta, que visa a preservação e a defesa da floresta contra os incêndios florestais.

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 A cada um dos Clubes da Floresta do distrito de Coimbra foi atribuída uma árvore que está identificada com uma placa onde consta o nome vulgar e o cientifico da espécie, a sua origem bem como o nome e logótipo do Clube da Floresta responsável pela conservação desse exemplar. Da Olaia (= Cercis siliquastrum) à Cameleira ou Japoneira (= Camellia japónica), passando pelo Cedro do Buçaco ( Cupressus lusitânica) à Tuia-gigante (= Thuja plicata), os nossos olhos podem apreciar, e em mais de trinta placas identificar outras tantas árvores ali representadas.

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 O que anteriormente a 1897 era terreno agrícola do Quintal da Senhora, que então começa a ser ajardinado é hoje uma mata frondosa, com árvores centenárias das mais diversas espécies autóctones e exóticas, digna de ser visitada.

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 Não havia tempo para mais. Mas quem gosta da natureza tem neste  percurso botânico um local a ver e percorrer.

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Junto do Coreto estava o carro que nos havia de levar ao cimo do Colcurinho, de que já falamos aqui em post anterior. Foi sempre a subir, nessa ocasião para visitar Nossa Senhora das Necessidades

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 09:30

25
Out 14

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No ano de 1371 uns pastorinhos que com seus rebanhos andavam na serra do Colcurinho foram surpreendidos com a aparição de Nossa Senhora ou do achado de uma pequena imagem, evento cuja fama de imediato viria a tornar famoso aquele local agreste e inóspito, pois fica a 1242 metros de altitude.

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Um cruzeiro junto à capela do mais sedutor miradouro de Portugal consta o registo do acontecimento que para que dele se não perdesse memória, em 1762 procedeu-se à construção de uma capelinha , entretanto demolida para dar lugar à actual, também consagrada a Nossa Senhora das Necessidades.

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Deste encantador miradouro de serrania do Açor, similar do nortenho Monte Farinha, se recolhe a mais bela panorâmica que de terra portuguesa os olhos duma só vez conseguem alcançar. Mesmo com alguma névoa dali alcancei e matei saudades de Alvoco da Serra, Louriga, Caramulo, Montejunto e Lousã terras de que tenho recordações e do alto do Colcurinho avistei, na passada segunda-feira, 20 de Outubro de 2014.

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Não podia ter melhor condutor, nem cicerone, que o Prof. Basílio Martins, tesoureiro da Irmandade de Nossa Senhora das Preces e que gentil e generosamente se ofereceu mostrar a um trio de visitantes bajouquenses em romaria ao Santuário de Vale de Maceira – Aldeia das Dez (Oliveira do Hospital). Deste miradouro sagrado, que graças a um convite do Sr. Padre Melquiades para o acompanhar em passeio cultural e de romagem, descobri esta sedutora janela da serra do Açor e dali deliciar o olhar a ver uma boa parte do Portugal desconhecido e de cujas descobertas deste inicio de semana prometo continuar a falar.

 

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 15:44

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