Hoje fez anos o meu genro Luis Gottschalk Silva e para festejar o evento os meus compadres ofereceram o almoço servido na sua vivenda em Santo Amaro de Oeiras. Por volta do meio dia tinha aqui à porta o trio, constituído pelo aniversariante, a Gisela e o Alvarito que nos vieram buscar e conduzir ao respectivo destino.
Um almoço servido com carinho maternal e com o esmero de quem sabe e tem gosto de pôr à prova a arte de bem cozinhar, em paralelo com a de competente professora aposentada de língua inglesa. Dia muito bem passado, e sempre rico em aprendizagem dado que naquela casa se recolhe lições do mais diverso género, uma foi quando já a meio da tarde entendi levantar-me e perguntar se também foi para o jantar que nos tinham convidado.
Logo perceberam a minha brincadeira para dizer que só estavam à espera que o Luís acabasse de pintar a parede de um quarto da mansão. O ser arquitecto ou advogado nesta família serve apenas como instrumento que facilita arranjar trabalho, para trabalhar.
Outra coisa curiosa que descobri foi ver o “Iety” , um cão que à sete anos mantive em minha casa durante meses até que chegasse a ocasião do Luís oferecer à mãe como prenda de aniversário, e não é que hoje o bicho se não me conheceu deu sinais disso pois não se afastou de mim, nem da minha mulher. Quase com a mesma ternura como lida com quem diariamente o acarinha. Os animais por vezes tem gestos que faltam aos humanos.