Descer à parte inferior da cerca e fazer uma digressão pedestre pelo luxuriante e atractivo espaço faz parte do roteiro de quem em peregrinação ou romagem visita o Santuário de Nossa Senhora das Preces. Também eu cumpri a minha obrigação pese o pouco terreno percorrido, mas as pernas nem sempre ajudam.
Desci por uma escadaria, junto ao posto de venda de recordações e artigos religiosos, que de pronto nos introduz naquele cenário botânico, onde também o romeiro ou peregrino faz oração, louvando a Deus por tanta maravilha natural.
Todo este percurso botânico foi elaborado pelos Clubes da Floresta do distrito de Coimbra, aderentes ao Projeto PROSEPE, um programa de educação para a cidadania, o ambiente e a floresta, que visa a preservação e a defesa da floresta contra os incêndios florestais.
A cada um dos Clubes da Floresta do distrito de Coimbra foi atribuída uma árvore que está identificada com uma placa onde consta o nome vulgar e o cientifico da espécie, a sua origem bem como o nome e logótipo do Clube da Floresta responsável pela conservação desse exemplar. Da Olaia (= Cercis siliquastrum) à Cameleira ou Japoneira (= Camellia japónica), passando pelo Cedro do Buçaco ( Cupressus lusitânica) à Tuia-gigante (= Thuja plicata), os nossos olhos podem apreciar, e em mais de trinta placas identificar outras tantas árvores ali representadas.
O que anteriormente a 1897 era terreno agrícola do Quintal da Senhora, que então começa a ser ajardinado é hoje uma mata frondosa, com árvores centenárias das mais diversas espécies autóctones e exóticas, digna de ser visitada.
Não havia tempo para mais. Mas quem gosta da natureza tem neste percurso botânico um local a ver e percorrer.
Junto do Coreto estava o carro que nos havia de levar ao cimo do Colcurinho, de que já falamos aqui em post anterior. Foi sempre a subir, nessa ocasião para visitar Nossa Senhora das Necessidades