A Igreja celebra no dia 02 de Fevereiro a apresentação do Menino Jesus no Templo/purificação da Virgem Maria, sua e nossa mãe. Segundo a Lei de Moisés ou Mosaica, as mulheres após darem à luz ficavam impuras e só 40 dias após o parto podiam ir ao Templo de Jerusalém, daí que para manter viva a memória, de acordo com o Evangelho de São Lucas, 40 dias depois do Natal fosse esta a data escolhida. Nesse dia as parturientes deviam apresentar-se ao sumo sacerdote com o seu sacrifício, levando um cordeiro, duas pombas ou rolas para assim ficarem purificadas. Assim procedeu São José e a Virgem Maria quando se apresentaram perante Simeão. É com base nesta narração que à volta do evento surgem os demais títulos com que a data é conhecida: Purificação de Virgem Maria, Nossa Senhora das Candeia (Candelária), e Nossa Senhora da Luz.
O nome de Candeias ou Candelária deriva do facto de Jesus ser a luz do mundo e as velas simbolizarem essa luz. Todavia é nas Ilhas Canárias que o atributo de Candeias ganhou força, assim como em Portugal o de Nossa Senhora da Luz irradiou de São Lourenço de Carnide.
É festa grande da Família de Nazaré que a Igreja festeja com liturgia própria e geralmente com procissão de velas. Esta segunda-feira, sem contar, tive a sorte de integrar um pequeno grupo de bajouquenses de visita ao Altar do Mundo. Cada um com missão a cumprir, só eu fui apenas como pendura, daí que aproveitei para uma visita mais demorada à capelinha das Aparições, e depois assistir à Eucaristia das 11h00 na igreja da Santíssima Trindade.
Pensava ir encontrar o Reitor do Santuário, Padre Carlos Cabecinhas, a presidir, até porque sua mãe fazia parte do meu grupo. Mas não, estava ausente. Em vez dele presidiu o bispo da diocese, D. António Marto, coadjuvado por D. Serafim, bispo emérito de Leiria/Fátima; e D. Augusto César, bispo emérito de Portalegre/Castelo Branco. Alegria redobrada foi para mim, pois além do encontro com Nossa Senhora no seu Santuário da Cova da Iria; dei com um flaviense a presidir à Eucaristia, D. António Marto; e com um celoricense, a coadjuvar, D. Augusto César. Mais ainda, porque devido à chuva, abriguei-me na portaria da Casa de Retiros de Nossa Senhora do Carmo por onde entrou D. César, e tive o prazer de o cumprimentar e recordar que assisti à sua ordenação no Colégio de São Vicente de Paulo, em Lisboa. Nossa Senhora paga bem a quem a visita. E um transmontano de Basto sente muito orgulho nisso.