À volta das festividades em honra de Nossa Senhora da Luz que anualmente decorrem em Setembro, surge a feira com o mesmo titulo, e remonta aos séculos XVI e XVII. Como era tradição, as feiras ligadas a festas religiosas começavam com a venda de comes e bebes, artigos religiosos, até que foram aparecendo os louceiros, vendedores de fruta e por fim os compradores de gado. No caso da Luz chegou a ter feira de gado quinzenal, no 2º domingo de cada mês
Não da feira, mas da Senhora da Luz, devoção muito portuguesa que surgiu numa altura em que Portugal andava empenhado nas viagens marítimas e na conquista da África. A origem desta devoção deve-se a Pero Martins, natural de Carnide (Lisboa), que feito prisioneiro em África pediu a intercessão da Virgem Maria que lhe apareceu em sonho. A qual lhe recomendou para lhe fazer uma ermidazinha que ele fez no sítio onde testemunhou um fenómeno de luzes, junto à fonte do Machado.
Nasce assim a devoção a Nossa Senhora da Luz e surge a feira do mesmo titulo. Ainda hoje tanto a feira anual como a devoão mariana atrai ali inumeros forasteiros e feirantes durante todo o mês de Setembro. Começa no primeiro domingo, e termina no último com a Procissão de Nossa Senhora da Luz.
Nesta procissão incorporam-se devotos que vêm de longe cumprir promessas e pedir favores à Mãe de Jesus, e nossa Mãe.
Sou há muitos anos participante no cortejo, só este ano é que me fiquei pela apalaçada casa do Conde de Carnide. As pernas não deixaram.
As fotos desta procissão que da igreja da Luz saiu pela Rua da Fonte, Rua Maria Brown, Largo do Jogo da Bola, Estrada da Correia, Rua Neves Costa, Travessa do Pregoeiro, Azinhaga das Carmelitas, Largo da Luz (Volta a Feira da Luz) e Igreja da Luz, compensam a minha caminhada. Os Bombeiros Voluntários de Caneças e a Banda de Musica dos Bombeiros Voluntários da Povoa de Santa Iria, deram o brilho e animação a esta Festa da luz de 2017.