Em Junho de 1980 alimentei uma modesta publicação dactilografada com o titulo “ Folha Informativa do GFRV”, colectividade que havia sido oficializada em 31 de Outubro do ano anterior e eu como co-fundador e autor dos estatutos, achei por bem fazer circular. Manteve-se até Abril de 1992 e por ali se ficou dado o cansaço do promotor e o pouco interesse dos favorecidos. Foram dez anos a promover o Grupo Folclórico e Recreativo Vilarinho (GFRV) e a freguesia de Vilar de Ferreiros, sem nunca precisar de estender a mão aos que o povo elege para ser governado.
Como o folclore também a toponímia local me despertou interesse e dela dei conta, por diversos meios, recordo hoje o que em post de 24 de Junho de 2006 relatei à volta de um lugar muito típica e que então me mereceu este resenha:
“Este blog surge em atenção a um álbum que casualmente descobri na Página de <zealves.do.sapo.pt> com imagens duma caminhada, desde a Senhora da Graça até às Fisgas de Ermelo, e promovida pelo autor da respectiva página, o biólogo José Alves M. da Silva, um amante da natureza e das viagens a todo - o - terreno ( V T T, caminhadas). Foi seduzido com ver e recordar aquelas pedras colocadas de margem a margem, as pondras ou alpondras que, no rio das Mestas, tantas vezes na minha infância atravessei, me nasceu agora o desejo de, em Dia de São João, baptizar este blog com a designação de mestas, em homenagem a um bucólico lugar da freguesia de Vilar de Ferreiros que outrora deve ter sido importante local relacionado com pastores, já que o termo "mesta" significa corporação de pastores de gado transumante.
A transumância que hoje praticamente já não existe em território Nacional, era a passagem periódica, que os rebanhos faziam, das planícies para os montes e vice-versa. Também aos locais onde se tosquiavam as ovelhas e contava o número de reses de cada rebanho, se dava o nome de Mestas, e não "Mestras" como é vulgar pronunciar-se. “
- Meses depois surge um comentador, a 11 de Abril de 2007, que diz:
“Pondras, poldras. Achei interessante este tema porque ando precisamente a preparar um post sobre uma zona da Beira Alta a que um escritor Samuel Maia (da minha terra natal), no princípio do séc. passado, se refere a umas "poldras" através das quais faziam a travessia do Rio Vouga, a cavalo. Tenho já umas fotos que tirei quando fui lá agora na Páscoa. Um abraço António Nunes”.