A quadra natalícia acabou hoje. Começou a despontar com o Advento para dar entrada no Natal, depois foi a Epifania, e com o Baptismo do Senhor, voltamos a entrar na normalidade, deixando por algum tempo em paz, as festividades que alegram mas também nos desgastam sem darmos por isso. Menos descanso, açucares a mais e o certo é que já comecei a sentir num joelho, logo no Dia de Reis, o resultado dessas avenças, mesmo sem ter andado a Cantar os Reis, nem as Janeiras.
Este domingo após participar no ato mais importante do dia, a Eucaristia, que foi no Oratório de São Josemaria, regressei a casa com o propósito de fazer um post que desse conta do Baptismo do Senhor, mas também do tradicional Cantar dos Reis ou das Janeiras que anda associado à festa da Epifania. E a razão de falar à volta destes cantares, está saber o porquê de se chamar "Reis" ou "Janeiras". Na minha meninice e região de Basto sempre conheci por "Cantar os Reis", aquelas arruadas que pelas festas natalícias grupos de cantadores e tocadores faziam de porta em porta com intenção de angariar alguma recompensa por parte do dono da casa. Mais tarde, e por outras terras, ouvi chamar por "Cantar as Janeiras" à mesma tradição popular. Como a língua portuguesa é rica em vocabulário nunca mais liguei ao assunto. Porem como ano novo exige vida nova, procurei colher informação a esse respeito e fui buscá-la ao Site de José Francisco Lopes que diz:
"Há quem entenda que “Cantares de Reis” deve aplicar-se apenas para a noite de 6 de Janeiro, designando-se por “Janeiras” os cantos que começam em 1 de Janeiro e em alguns casos vão até ao final deste mês".
- Aqui deve estar o motivo porque não conheci o termo "janeiras", na minha terra, onde não se cantava para além do dia de Reis.