Do Poeta e prosador João de Deus Rodrigues recebi este poema alusivo à epoca festiva, que transcrevo:
Aproxima-se o Natal
Oh!, quem me dera, Senhor,
Ter outra vez o Natal da minha mãe.
Quando ela me falava com amor,
Dos mistérios e encantos que ele tem.
Oh!, quem me dera, Senhor,
Ter outra vez o Natal que a memória tem.
Quando em família cantávamos com fervor,
Canções ao Menino e á Virgem, Sua mãe.
Oh!, quem me dera, Senhor,
Que o Natal fosse outra vez assim,
Como quando eu era menino!
E junto à lareira, lembro-me bem,
Aconchegados que era um regalo,
Cantávamos canções de Natal.
E à meia-noite íamos à missa do Galo,
Onde beijávamos o Deus Menino,
Como se Ele fosse tão verdadeiro,
Como era aquele que os anjos
Anunciavam aos pastorinhos em Belém,
Como me contava a minha mãe!
Oh!, que bom seria, meu Deus,
Se neste Natal que se aproxima,
Não houvesse irmãos meus,
A dormirem no cais, junto ao rio,
Abandonados e sozinhos,
Com fome, sede e frio!
E mais além,
Não se visse tanta criança,
A chamar pelo seu pai,
A clamar pela sua mãe,
E não lhes aparecer ninguém,
Para lhes dar um beijo paternal.
Nessa noite mística de Natal,
Símbolo do nascimento de Jesus em Belém.
In Livro “O acordar das emoções” – Tartaruga Editora.