Neste blog, vou passar fazer todo aquele trabalho que habitualmente tenho vindo a distribuir por vários blogs. Dar descanso aos velhos....

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Jan 18

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Por: Maria da Graça Borges de Matos

Fui a seu tempo abordado por uma minha distinta e respeitável conterrânea de que Barroso da Fonte a tinha alertado ter em mente actualizar o “Dicionário dos mais ilustres Transmontanos e Alto Durienses”. Ao mesmo tempo que me pediu  fornece-se alguns dados biográficos meus, pois fazia gosto em os coordenar e enviar ao autor do respectivo Dicionário. Assim procedi e nunca mais me lembrei de tal assunto. Foi por isso que na passada Sexta-feira, dia 26, fiquei surpreendido com um e-maill dessa minha prezada amiga, onde me  fazia constar: “Olá amigo! Dei com este documento(sua biografia), e não sei se enviei isto p/ os Dicionários Transmontanos ou não.  Acho que teria enviado para B.Fonte, mas não tenho a certeza. Mesmo assim, fica aí o documento também consigo, por segurança. Não vá ser preciso e eu já não me lembrava disto... “ . - Tal como ela, também eu.

Desta senhora não se pode perder nada, pois das mulheres transmontanas não há quem a vença na promoção de tudo quanto seja terra e gente de Além Marão afecta às artes e ás letras, e a quanto tenha a ver com a cultura lusitana. Ela é das maiores e sempre no anonimato. Para já o que de mim engendrou, e eu agradeço, vou transcrever: “Como no IIº volume do “Dicionário dos mais ilustres Transmontanos e Alto Durienses”, já se fez constar Costa Pereira é um ferrenho regionalista amigo da sua terra e região que defende e divulga com fervor à mais de meio século, ora na comunicação social, ora nos ambientes que frequenta e se proporcione falar de terras e gente do norte. Amigo de viajar e muito viajado, tem pela vertente histórica e biográfica uma especial atracção de que resulta fazer dessas viagens a radiografia monográfica dos sítios por onde passa. Assim aconteceu com visitas que já fez aos Açores, Madeira, Angola, Moçambique, França, Itália, Jerusalém e outros lugares que descreveu em páginas de jornal - já agora, acrescento eu, a que fiz a Bona (Alemanha) no ultimo mês de Setembro - , e mais recentemente, após aposentação, usando da tecnologia virtual em blogs da Sapo que  subordinados ao titulo “aquimetem” ele alimenta, e verte também em páginas semelhantes, como Tempo Caminhado, NetBila, quando não, no jornal O Povo de Basto e A Voz de Trás-os-Montes que são ultimamente os jornais onde com mais assiduidade colabora. Amigo da liberdade responsável, em busca dela, o Costa Pereira cedo dobrou as cumeadas do Marão e da Lameira, primeiro para Vila Real, onde confiado no apoio paternal deixou a “bacia de prata formada pelo Marão”, para do outro lado da serra aprender a profissão que por respeito a quem lhe facilitou aprendizagem nunca trocou por outra. Muito jovem, inicia a sua caminhada e, a pulso seu, alcança, feliz, a confortável situação de todo aquele cidadão que vê cumprida a tarefa de fazer um filho, escrever um livro e plantar uma árvore. Mas nunca acomodado. Após trabalhar em diversas terras nortenhas, nos finais de 1962, este  trasmontano de Basto chega a Lisboa, agora definitivamente disposto a trocar  a magia do Tâmega e do Rio Cabril, pela opulência de um Tejo quase a entrar na foz. Levou como ferramenta e carta de apresentação, a arte de barbeiro, a de iniciado na arte de ilusionar os sentidos e a de publicista regional, que não tardou lhe granjeassem no bairro (Santa Maria de Belém) a fama de “mestre dos três ofícios”: barbeiro, ilusionista e jornalista. Nestes ofícios se consagrou, conquistando amizades nos mais diversos sectores da sociedade. Conheceu terras, onde trabalhou, actuou em salões e palcos prestigiados, como Coliseu dos Recreios, Casino Estoril e da Figueira da Foz, Club os Fenianos do Porto, São Luiz Teatro, e colaborou em muitos órgãos de informação. A par disso também nos meios recreativos e associativos a que esteve ligado se distinguiu quer como membro directivo, quer como promotor de festas e convívios regionais. Da sua odisseia de viagem, cantou:

“Rodando desci do monte (Farinha)/ Para a ponte (de Mondim) atravessar/ No caminho tanta ponte/ Que me perdi no contar/. Vim parar à capital (Lisboa) /, Deste país de navegantes/, Onde no “Restelo” doutrora/ Os mesmos “Velhos”  d’agora/, Continuam triunfantes”.

Não é exagero dizer que se trata de um dos mais destacados e dinâmicos divulgadores do concelho de Mondim, que se notabilizou e ficou conhecido em toda a região de Basto, quando, na década de 60, ferido no seu amor à terra-berço, por três artigos publicados no diário A Voz, de Lisboa, nos números 5, 9 e 12 de Setembro de 1965, vem a terreiro rebater, no Noticias de Basto, a tese do seu autor. Ao mesmo tempo que arranja modo de conquistar a generosidade de um jurista seu amigo, Dr. Primo Casal Pelayo,  que pôs os pontos nos “ii” , clarificando a situação do Santuário de Nossa Senhora da Graça. Que por  justiça é confiado em definitivo a São Pedro de Vilar de Ferreiros. Cristão convicto, com particular devoção a São Josemaria Escrivá; cultor de amigos e amizades, que tem em todas classes sociais; jamais se serviu delas em proveito próprio, até mesmo nos jornais nunca  escreveu para agradar aos amigos, mas sim dizer o que a sua consciência lhe dita. Além de colaborador da Imprensa, com mais de meio século de tarimba, Costa Pereira é autor de “As Ferrarias entre Tâmega e Douro” (esgotado) , “Vilar de Ferreiros – Na História, no Espaço e na Etnografia” (esgotado) e recentemente, Fevereiro de 2014, com a chancela da Chiado Editora publicou  “Nossa Senhora da Graça – Na Fé dos Mareantes”, onde constam todas as paróquias desde o Minho aos Açores, consagradas a NS da Graça, além do mais”.

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 14:24

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Já por mais duma vez me referi à barragem do Fratel e à industria poluidora que em Vila Velha do Ródão se instalou. No dia 25, li do ambientalista  Arlindo Marques que especificou: "depois de percorrer outras zonas, que é da zona de Vila Velha de Ródão (distrito de Castelo Branco) para sul que se nota esta poluição: a montante dessa zona, referiu, as águas estão límpidas, mas "para baixo [a jusante] das fábricas lá instaladas, a água vem castanha e corre para Lisboa". Disse a respeito da mancha de espuma de esta manhã apareceu no Tejo junto Abrantes". É chover no molhado pois outros interesses mais altos se levanto e em face disso batatas …No meu concelho são as pedreiras que dão emprego a quem não tem outro, aqui é a celulose que transforma a madeira e dá muito lucro ao município, acolá pelos mesmos ou outros motivos sucede o mesmo e vai de destruir tudo quanto de belo fez Deus e encarregou o homem de zelar. Faltou-me focar o que nesta barragem ficou sepultado: as gravuras rupestres do Fratel. 

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Quando discordo da ocupação por barragens do leito de rios, como no caso do sagrado Tameobrigus (Tâmega) não o faço apenas por saudosismo parolo nem conservadorismo velhaco, mas porque ao longo dos anos já tomei conta de muitos dos efeitos negativos que resultam da sua implantação para as regiões onde ficam situadas. Não só a liberdade que tiram à água de seguir o seu trajecto, como depois servir ainda para banheira onde se acumula toda a espécie de detritos e sujeira capaz de alterar o ambiente e o sistema biológico, dentro e à volta. Mais. A barragem quando destinada à produção de energia eléctrica, tolera-se fora de espaços onde não fique em risco cidades como Amarante, que no caso de Fridão é fatal, doutro modo “é pior a emenda que o soneto”, ainda que para apagar fogos. Para estes e rega nada como as pequenas barragens nas ribeiros e ribeiras que por todas as regiões do interior e litoral abundam e não são aproveitadas. Nos casos em que se vê os poluentes é mau, mas podemos aponta-los; pior onde ficam ocultos e o corpo é que sofre as consequências. 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 14:07

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