Como sucede com os “dias em que não se deve sair de casa”, também os há que tanto em casa como na rua se sente prazer gozar. Hoje, dia 06, foi mais um desses dias que vivi de forma gostosa, com uma visita e convite para almoçar, em família, uma refeição caseira que viajou de terras leirienses até às saloias terras alfacinhas.

Amigos de fazer surpresas, desta vez o casal Silva fez-se acompanhar da Maria Emília, que com mais de 90 anos me dá pelas barbas a caminhar. O almoço que era para ser servido na autocaravana acabou por ser numa sala de jantar, e só no fim teve direito a foto de modo a não deixar os meus leitores ougados.

Em Lisboa foi dia festivo, desde as 09h00 que a imagem de Nossa Senhora de Fátima esteve a ser acolhida em oração pelas e crianças e famílias da cidade; era o penúltimo dia dos 04, da visita da imagem peregrina à capital.

Nada como para viver um sábado bem vivido, aproveitar a feliz oportunidade e para isso logo após o almoço e cafezinho servidos, tomar por destino a Av. de Berna, e na igreja de Fátima participar no Terço que, antes da imagem de Nossa Senhora seguir em cortejo automóvel para o Hospital de D. Estefânia, ali fora recitado.

Terminada a recitação meditada do Terço, às 16h30, e da saída da imagem para o hospital, onde a vidente Jacinta Marto esteve internada, logo ali se deu inicio à Procissão de Velas. Em que não participei porque entretanto voltei a casa para fazer companhia aos meus "hospedes" que tinham de regressar à princesa do Lis e a noite estava a chegar, e com muita chuva a cair. Se não tomei parte na procissão, não deixei de estar presente à sua chegada ao destino, e da imagem de Nossa Senhora me despedir. Mesmo assim há sempre uma alma caridosa e atenta aos momentos nobres, foi a Cristina. As fotos relacionadas com a  Procissão de Velas, a esta amiguinha as devo. Bem haja.

Muito participada, a fé move multidões, a pesar da muita chuva ninguém arredou pé da procissão que, tornou a igreja de São Domingos pequena, para tantos fieis acolher. Presidiu o senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.

 O trajecto da procissão que demorou cerca de duas horas fez-se  pela Rua Jacinta Marto, Rua Febo Moniz, Av. Almirante Reis, Rua da Palma, Rua D. Duarte, Praça da Figueira e Rua Dom Antão de Almeida e Largo de São Domingos, onde fica a igreja. Um dia daqueles bons que a vida nos dá

Hoje é dia de Nossa Senhora das Candeias, da Luz ou da Candelária. Tem a sua origem na devoção a Nossa Senhora da Luz, e os começos na festa da apresentação do Menino Jesus no Templo e da purificação da Virgem, quarenta dias depois do seu nascimento; por isso, celebrada no dia 02 de Fevereiro.

Senhora das Candeias é, portanto, mais um dos títulos pelos quais a Igreja Católica venera Nossa Senhora. Li algures onde consta anunciado que “É dia da bênção das velas (candeias) e em muitas igrejas, antes da celebração da santa Missa, se organiza solene procissão, em que são levadas as velas acesas, símbolo de Jesus Cristo que, apresentado a Deus no templo de Jerusalém, pelo santo velho Simeão foi saudado, como a luz que veio para iluminar os povos”.

Para participar na missa deste dia desloquei-me à igreja de São Domingos (à Baixa), onde o sacerdote celebrou por alma do meu saudoso amigo António Rosado. Como é meu costume, no fim da missa, fico sempre alguns minutos mais dentro da igreja. Quando hoje estava para sair notei que a porta principal fora aberta de par em par, ao mesmo tempo que da sacristia sai-a em direcção ao altar-mor, a cruz em procissão. Cuidei tratar-se do inicio da Missa do meio-dia, mas já fora de portas encontrei um amigo a quem cumprimentei e me informou estava à espera da procissão com Nossa Senhora.

Esperei, com ele, que saísse a procissão, presidida pelo pároco Sr. Padre Victor Gonçalves, para nela me integrar e dar a volta ao redor do quarteirão da histórica igreja. Quem quis, a seguir pôde assistir à missa solene, por certo muito participada, como foi a procissão. Para mim foi uma manhã em beleza, a deste dia 02 de Fevereiro