A nomeação de um administrador-paroquial para Santo Aleixo da Bajouca (Leiria) pôs fim à missão do Sr. Padre Abel José Silva Santos como pároco que foi ali cerca de 18 anos (08 de Dezembro de 1997-02 de Outubro de 2015). Para agradecer o bem que este sacerdote prestou e transmitiu à comunidade, esta aproveitou o dia da Imaculada Conceição para lhe render uma singela, mas muito sentida homenagem, e assim assinalar a data em que o Padre Abel entrou, como pároco, na Bajouca. Foi há dezoito anos, incompletos….

Deixa saudades, e prova disso está a adesão de toda a comunidade bajouquense e os muitos amigos e admiradores deste bondoso sacerdote, que um comentador de trabalho meu, assim retratou:” Prémio de capa.

O meu querido e estimado Padre Abel, já tem lugar garantido na minha singela galeria de notáveis. A obra feita é a do seu enorme coração. Fica-me na memória como aquele que tinha sempre uma palavra de conforto e de estímulo, perante as mais diversas e divergentes situações, que todos sabem que sempre existem. Até porque nem sempre os grandes corações são consensuais. O seu currículo de serviço fala por si e a genuinidade e a despretensão que todos lhe reconhecem, também incomodam quem não gosta de ser incomodado. "Arredado" porque a saúde não lhe é favorável, poderia no entanto manter-se por perto e porque não, ligado à Paróquia. Dizer as coisas certas, muitas vezes porque se está a ler, muitos o fazem bem, contudo "descartar", quem não precisa de ler para abrir os braços, provoca o empobrecimento de todos e amargura o coração. Desta forma, até a saúde se ressente e teima em não ajudar.

Exímio na dinâmica das Festas, multiplicando a venda de rifas aproveitando sempre o contacto para ser missionário, como disse o Caríssimo Padre "Melro", é inteiramente merecedor do prémio de capa, ou seja, de continuar a merecer a estima de nós todos. Saudações”. - Aqui está o que também é minha opinião, mas que sinceramente por cobardia não tinha coragem de dizer. Um bem haja a quem foi capaz.

Numa freguesia onde a generosidade é lema comum a todos os bajouquenses, não passa pela cabeça de ninguém que alguma vez o padre Abel fosse esquecido por uma paróquia que ele, enquanto teve saúde, serviu de corpo e alma. Como os seus vulgares paroquianos, também muitos dos seus colegas sacerdotais, quiseram associar-se à homenagem. E desses lembro os bajouquenses: frei Fernando Alberto Cabecinhas e o padre Manuel Pedrosa Melquiades, que participaram na celebração Eucarística da festa. Eucaristia que foi presidida pelo vigário-Geral da Diocese, Sr. padre Jorge Manuel Faria Guarda, e em que participou também o Sr. padre Abel e o padre David Pedrosa Gaspar.

Quem não podia faltar era o Sr. padre José Baptista que substitui o homenageado. Com o seu abraço não faltaram na homenagem os senhores padres: Carlos Manuel Pedrosa Cabecinhas, Reitor do Santuário de Fátima, e bajouquense muito querido; o Padre Soares, do Verbo Divino, que de Tortosendo (Covilhã) desceu à sua terra-natal, trazendo da serra meia freguesia consigo. Também o Padre Augusto Ascenso Pascoal, ainda que muito de fugida deu uma saltada à Bajouca, com um colega seu, o padre João Pereira Feliciano, para darem ao padre Abel um fraternal abraço.

Presente esteve a Junta de Freguesia, na pessoa do seu presidente, Hilario Pereira Estrada, que como os demais oradores agradeceram e exaltaram as qualidades humanas do Sr. Padre Abel e os serviços por ele prestados à Igreja e à comunidade bajouquense.

Merecida homenagem.

Antes de ser dogma de fé, já em Portugal se festejava o dia da Imaculada Conceição, que ganha força a partir do momento em que o Papa Sisto IV, a 28 de Fevereiro de 1476, a define como festa universal. Mas é com a bula Ineffabilis Deus, do Papa Pio IX, de 08 de Dezembro de 1854, que a Igreja oficializa o que já há muito era pratica e desejo dos cristãos: ver a “Cheia de Graça” ser exaltada, no todo da sua humanidade, por isenta de pecado. Acresce que em Portugal, a data é reforçada com facto do nosso Rei D. João IV ter consagrado o Reino de Portugal á Virgem Imaculada, nas cortes de Lisboa, em 1646. Temos por isso razão para nos sentirmos felizes com esta festa que além de religiosa nos liga também à nossa história pátria.

Dia santo de guarda, este ano calhou à terça-feira; e para quem desejou gozar um fim de semana prolongado veio mesmo a calhar; bastou ter bons patrões ou tempo disponível para isso. Tempo disponível foi o que me faltou, e por isso só hoje me desloquei da capital do Reino à capital do barro leiriense, porque não podia perder o almoço anual que a comunidade bajouquense neste dia realiza, e do qual sou cliente habitual. Como também participar na Eucaristia da festa a que presidiu o Vigário-Geral da Diocese, Sr. Padre Jorge Guarda, coadjuvado pelos senhores padres: Melquiades, David, Fernando e Abel. 

E com muito maior interesse dado que no programa constava uma merecida homenagem ao Sr.Padre Abel, que neste data, 08 de Dezembro de 1997, tomou posse da paroquia de Santo Aleixo da Bajouca, e que por  questões de saúde foi substituído.

Foram 18 anos incompletos, fazia-os neste dia; mas entretanto a nomeação de um Administrador Paroquial para o substituir, com data de 02 de Outubro pp. antecipou a data. Como sempre em generosidade não há gente que bata os bajouquenses, e neste almoço-convívio, uma vez mais isso se verificou, agora também para prestar homenagem ao pároco que tanto estimavam, e ele com ternura e fidelidade serviu.

Foi uma casa cheia, cheia com bajouquenses, residentes e outros da diáspora que fizeram questão de deslocarem-se à terra para agradecer ao Sr. Padre Abel o bem que fez à comunidade durante o tempo que foi pároco. Gostei de assistir e poder dar um abraço ao sacerdote e amigo que tenho a honra de ter por tal. Muita saúde e longa vida para continuar a servr a Igreja e as almas. Até sempre.

 Em vídeo tem outra graça.....

Hoje dia de São Nicolau, é também o dia do meu nascimento, que aconteceu a 06 de Dezembro de 1938. Já lá vão 77 anos. Antes de falar de mim, aproveito para falar do santo do meu dia figura lendária que distribuía prendas na época do Natal.

Inicialmente a festa de São Nicolau era celebrada a 06 de Dezembro, com a oferta de presentes. Retirada pela Igreja Católica do calendário oficial, em 1969, continuou entretanto associada, pelos cristãos, ao dia de Natal (25 de Dezembro).

O dia não podia calhar melhor, a um domingo, e logo no 2º domingo do Advento! Sem alardes, a data foi celebrada em ambiente muito familiar.

Convívio muito familiar além dos vizinhos do lado, e do meu conterrâneo, José Francisco e seus filhos Hugo e Cristina Borges Lopes, serviu para animar a tarde bem passada  e marcar mais uma etapa da corrida em direcção ao Além....

Para ver melhor.....

No dia do meu aniversário, em 2014, escrevi, em post, sobre São Nicolau, o santo do meu dia, assim: “Nasceu em Patara, no sec. III, onde faleceu a 06 de Dezembro de 342. Padroeiro da Rússia, da Grécia e da Noruega. Ele é também o padroeiro dos guardas nocturnos da Arménia. Tem uma paróquia a ele consagrada, em Lisboa, onde não fui hoje porque fiz questão ir a São Domingos, onde era costume encontrar-me com o meu saudoso amigo António Rosado, e hoje era dia de pagar um cafezinho. Tomei por ele”.

Pelo braço da filha Anabela, em dia de aniversário ( em 07-02- 2014).

Tinham decorrido apenas quatro dias que o amigo Rosado deixou de fazer parto do mundo dos vivos. Foi a 02 de Dezembro que o desenlace se deu. Hoje primeiro aniversário lá voltei mais uma vez a São Domingos, onde o Sr. Padre Hilário, um sacerdote africano, celebrou missa de sufrágio durante a qual, e no momento apropriado, exaltou a simplicidade, a dedicação e as demais virtudes com que o saudoso finado serviu graciosamente naquela igreja, sede da paróquia de Santa Justa e Santa Rufina. O mesmo aconteceu, e hoje recordo, com o pároco Victor, que há um ano, também aqui me mereceu o seguinte comentário: “De louvar o acompanhamento moral e espiritual que o Padre Vector Gonçalves deu a este amigo, que na igreja de São Domingos, onde ele é pároco, o Sr.António Rosado com muito zelo e empenho foi voluntarioso colaborador. Não sendo a sua paróquia, nem por isso os afazeres ao serviço da Igreja e dos fieis, impediram o Sr. Padre Vector Gonçalves de arranjar um bocadinho de tempo para que ao Sr. Rosado não faltasse a sagrada comunhão, durante a semana, assim como agora, no dia do adeus terreno, vir ao Bairro da  Serafina, celebrar missa de corpo presente e encomendá-lo para Deus”. Um ano depois não podendo ser o celebrante, encarregou quem o substitui-se na Missa das 11h00. Entretanto ainda calhou de encontrar a viúva e as filhas do extinto à saída da igreja, ia ele entrar, e dirigir duas palavras de conforto aos familiares. Da minha parte aqui deixo à D. Joaquina e as filhas Anabela e Silvéria Rosado o meu fraternal apreço e muita amizade.