Era há muito aguardado que no cimo do Monte Farinha, a sua coroa de gloria e morada da sua padroeira, Nossa Senhora da Graça, também durante a noite se deixasse identificar por quem de perto ou longe deite o olhar na direcção daquela gigantesca pirâmide granítica. Demorou, mas hoje além do mais também os vândalos vão passar a ter aqui a sua acção mais dificultada; e assim, como também esta montanha sagrada passou a ficar mais dignificada; diríamos, que à medida do ponto de referência que é de toda a região de Basto, mormente do transmontano concelho de Mondim. Mais um salto qualificativo da administração do Santuário sob orientação da paróquia de Vilar de Ferreiros e do apoio das diversa entidades intervenientes, com destaque para a Vereação e Câmara Municipal a que preside o Prof. Humberto Cerqueira, pois que de maneira particular se têm empenhado na solução desta lacuna.
Com o leito do Rio Tâmega, as Fisgas de Ermelo e o Monte Farinha, Mondim de Basto tem nestes três pilares o apoio bastante para dinamizar o turismo rural, e outro, criando assim, riqueza sem precisar de sacrificar a paisagem natural com que foi privilegiado pelo Criador. Já basta a desfiguração da paisagem, e o empobrecimento do solo, retirando-lhe o granito e por certo apagando muito da história remota que povos diversos deixam assinalada em castros e gravuras rupestres, como por exemplo no Meão Grande (Alto dos Palhaços), no Crastrueiro e nas Richeiras. Durante anos sem conta, entregue ao Deus dará, o património histórico-cultural desta região deixou-se atrofiar e até desbaratar, servindo, em muitos casos, os restos arqueológicos que a esmo existiam por todo o Monte Farinha, para fazer paredes e adornar quintais. Duma forma ou outra, assim era dantes e assim continua a ser.