Foi há 630 anos que no Campo de São Jorge as tropas portuguesas e os aliados ingleses, sob comando de D. João I e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira derrotaram o exército castelhano na Batalha de Aljubarrota. Foi a 14 de Agosto de 1385, véspera da solenidade de Nossa Senhora da Assunção.
Inserida na chamada guerra da sucessão teve origem após a morte de D. Fernando, cuja filha, D. Beatriz, estava casada com o rei de Castela, o que punha em causa a independência de Portugal. No casamento constava que nunca o rei de Castela, poderia ser rei de Portugal, mas este com o pretexto de fazer valer os direitos de D. Beatriz, de pronto invadiu Portugal. Ontem, como hoje, traidores sempre Portugal os teve, o que naquela época obrigou D. Nuno a ter de conquistar diversas praças favoráveis a Castela antes de chegar a Abrantes, onde reuniu e formou as forças vindas de várias partes do país. A ignorância aqui, também como hoje, pode ter pesado na formação de dois partidos: um a favor de D. Beatriz, outro contra.
É que ambos os reais contundentes davam pelo mesmo nome: D. João I de Castela, e D. João I de Portugal, que ao tempo ainda não reinava. Com esta batalha foi a derrota final dos castelhanos e o fim da crise de 1383-1385. Surge então a Dinastia de Avis, com o Mestre de Avis, D. João I, rei de Portugal. Pese a paz com Castela só se estabelecer com o Tratado de Ayllón, em 1411; e ratificado, em 1423. Foi uma batalha ganha com muita oração e a coragem de um santo: São Nuno de Santa Maria