“Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso”, diz com muita sabedoria a nossa gente. Ao passar hoje o olhar pela página NetBila deparei com um artigo do meu ilustre co-provinciano, o poeta e prosador João de Deus Rodrigues que muito apreciei por me fazer recordar as antigas tradições do meu torrão natal, mas sobretudo por ver enriquecido o meu vocabulário com mais um termo para designar o Compasso ou Visita Pascal que pelos vistos, em Morais (Macedo de Cavaleiros), é conhecido por “ O Dia de tirar o folar”. É bem certo : “Aprender até morrer”. E aos anos que não tinha noticia de sermão de pregador feito do púlpito!
Mas outro motivo forte me fez apontar para o tema deste post, é que deste amigo e confrade muito estimado recebi recentemente esta simpática mensagem que transcrevo: “Viva, caro amigo Costa Pereira. Espero que esteja bem e que a Páscoa tinha sido bem passada em família. Eu passei a minha na terra da minha esposa, Pedrógão Grande, que o meu amigo também conhece. Lá, a Semana Santa é viva com muita fé, pela população, e muito bonita. Porque já vi que gosta destas coisas da Igreja, envio-lhe, com amizade e um abraço, estas fotos que tirei lá. Cumprimentos, João de Deus”.
Claro que gosto e por isso aqui estou eu arranjando pé para falar duma região que de facto conheço e dela faço divulgação no livro Nossa Senhora da Graça-Na Fé dos Mareantes. Pena não arranjar tempo para nos encontramos lá, até porque também eu vim conquistar a minha cara-metade no concelho de Leiria, capital do Distrito a que pertence Pedrógão Grande.
São terras de gente boa e por isso de muita fé, que não deixam ficar mal os nascidos no “paraíso terreal” que é Trás-os-Montes. Por isso cá viemos deixar amizade e descendência.