Há já uns bons anos que passo as cerimónias da Semana Santa na capital do barro leiriense, mas não deixo de ter pena de o fazer fora da paróquia onde residido ou próximo. É o fruto de ser provinciano, que ufanoso pode dizer que tem terra. Os citadinos não tem esse privilégio e o mais que podem dizer é que vão para a terra do pai, ou da mãe; ou quando casados, que vão para a terra da mulher ou do marido. Neste meu caso, mesmo sendo aldeão, digo também: vou p'ra terra da minha mulher.
Mas não passando a semana nobre da Páscoa, em Lisboa, em Lisboa, comecei a Semana Santa; com a missa de Domingo de Ramos, celebrada por um piedoso frade franciscano, padre José António, numa antiga igreja vizinha da Casa do Artista e consagrada a São Lourenço. Pelo horário, 09h30, esta missa dominical é muito frequentada porque dá jeito às donas de casa que têm ainda de ir fazer o almoço.
Com Bênção e Procissão dos Ramos, as cerimónias litúrgicas correspondente à festa nesse dia foram mais demoradas, mas nem por isso menos participadas e vividas. Junto à entrada de Centro Paroquial formou o cortejo que, a após benzidos os ramos, caminhou em volta do templo, onde, no seu interior, foi celebrada a eucaristia. Participei nele e assim tomei parte no inicio da Semana Santa, em Domingo de Ramos.