Já me não recordo desde quando, onde e qual foi o ultimo espectáculo teatral ou cinematográfico a que assisti. De tantos anos a pisar o palco, ainda que na condição de amador, quando um dia me afastei dele foi quase radical. Sempre gostei de estar de corpo e alma naquilo que faço, mas quando vejo que não tenho hipóteses de o fazer, desisto. Assim aconteceu um dia. E a partir de então o Jaucop deixou de fazer magia, embora com saudades de quando pisou palcos, como o do Coliseu de Lisboa, do São Luís, do Casino da Figueira, do Casino Estoril, dos Fenianos Portuenses, do Belém-Club de Lisboa e tantos outros mais por esse país fora. Por isso é com certa emoção que hoje ao entrar numa sala de espectáculos revivo esses tempos que já lá vão.
Num destes últimos fins de semana fui influenciado por um casal amigo a ir ao Politeama ver PORTUGAL À GARGALHADA, um musical de revista à portuguesa que o encenador e empresário Filipe La Feria com muita sabedoria e arte colocou ao dispor do grande público.
Sempre que oiço falar neste nome vem-me à memória os seus parentes próximos e meus saudosos amigos Dr. José Avelino Marques e António José La Feria de quem guardo gratas recordações. Daí a sentir-me redobradamente feliz naquele ambiente agradável que a acolhedora sala do Politeama sob gerência de Filipe La Feria oferece a quem ali entra e goza da encenação deste inigualável mestre da cena nacional.
Na Linha Azul do Metropolitano de Lisboa, acompanhei e fotografei o casal que esteve na origem de uma tarde de gargalhada que vivi naquele dia.