Há muito que já não entrava na igreja de Santa Maria de Belém (Jerónimos), aonde tantas vezes entrei como fiel paroquiano e colaborador activo, no tempo do falecido Padre Felicidade. A grandes cerimónias ali assisti, como foi a sagração do saudoso bispo D. António Reis, o funeral de Salazar e tantos outros que a memória apagou. No domingo, - dia de São Columbano, abade; e de São Clemente I, Papa e mártir - Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, voltei ali, agora para assistir à sagração episcopal de D. João Marcos, um beirão que o Papa Francisco nomeou para colaborar com D. António Vitalino no governo da Diocese de Beja
Presidiu à ordenação o Sr. Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, que numa homilia muito acutilante focou as linhas que vão por certo servir de guião ao novo Apóstolo da Igreja Católica. Ao falar da festa litúrgica do dia, lembrou também que o “o reino a construir” deve incluir a garantia de terra, casa e trabalho a todos os filhos de Deus, enquanto viventes neste vale de lágrimas. Servindo-se da mensagem que em 28 de Outubro o Papa Francisco dirigiu aos Movimentos Populares de todo o mundo, encontro que se realizou no Vaticano, onde considerou “direitos sagrados” ter terra, casa e trabalho
Para D. Manuel Clemente o trabalho é um “ meio indispensável” de todos /as e não se pode “dispensar” um trabalhador do seu trabalho por razões de “alegada economia”. Custou-me manter de pé cerca de 03h00, a participar nesta festiva cerimónia religiosa, mas valeu a pena, visto que em nossos dias não é vulgar assistir a tamanha manifestação de carinho e amizade por um Pastor da Igreja. Aconteceu com D. João Marcos.
D. João Marcos fará a sua apresentado solenemente à Diocese de Beja já no próximo domingo, o primeiro do Advento, durante uma celebração na Igreja de Santa Maria da Feira. Uma escolha feliz para iniciar o múnus episcopal, sob protecção da Virgem Maria e com São Marcos a evangelizar. Um pastor... à altura de Beja.