Retomando a viagem logo mais à frente das Varandas de Avô fica a Ponte das Três Entradas, onde em demanda da Aldeia das Dez, alcancemos o Santuário de Nossa Senhora das Preces. Desta freguesia se conta que no tempo de D. Diniz, este, ao proceder ao repovoamento da região, terá repartido as courelas por dez povoadores, passando a partir daí, a terra que já era povoada e conhecida pelo nome genérico de aldeia, a ser designada por Aldeia das Dez.
Se o património paisagístico é sedutor, também o património construído é digno de apreciação, com destaque para a igreja matriz, igreja de Santa Maria Madalena, a Casa do S, Casa da Fábrica, bem como os fontenários da aldeia que levou a que alguém também baptizasse a terra por Aldeia das Fontes. Foi à beira de uma, no centro da localidade, que estacionamos, junto ao Cruzeiro do Largo da Fonte. A demora foi breve, só o tempo de fazer um telefonema ao Sr. Manuel Gouveia, Presidente da Irmandade de Nossa Senhora das Preces, a saber se estávamos perto ou longe do Santuário, e se havia almoço para três.
A informação foi que estávamos a uns dez minutos afastados do Santuário e com o almoço pronto na albergaria de NS das Preces, sobranceira ao templo. É costume antigo quando se chega a uma terra a primeira coisa a visitar ser o sacrário. Aqui não aconteceu porque a igreja estava fechada. Não ficou por cumprimentar...
E quanto a distância, assim é de facto, eram cerca das 12h30 lá estávamos nós no recinto do Santuário, prontos para iniciar a visita.
Visita que feita com a barriga vazia, rouba espaço na cabeça para fixar informação. Daí que primeiro um lauto almoço, servido género familiar o que muito honra a terra e quem o fez e serviu. Da recolha cultural falarei a seguir, mas se querem o meu conselho, não esperem por noticias, vão antes ver.