O ter mencionado o termo “poldras” no recente post que fiz sobre Compostela fez-me recordar o que acerca desse bucólico lugar da minha freguesia escrevi em Junho de 2006, e mais tarde, 11 de Abril de 2007, mereceu do comentador António Nunes o que segue: “Pondras, poldras. Achei interessante este tema porque ando precisamente a preparar um post sobre uma zona da Beira Alta a que um escritor Samuel Maia (da minha terra natal), no princípio do séc.. passado, se refere a umas "poldras" através das quais faziam a travessia do Rio Vouga, a cavalo. Tenho já umas fotos que tirei quando fui lá agora na Páscoa.
Um abraço
António”.
Este blog surge em atenção a um álbum que casualmente descobri na Página de <zealves.do.sapo.pt> com imagens duma caminhada, desde a Senhora da Graça até às Fisgas de Ermelo, e promovida pelo autor da respectiva página, o biólogo José Alves M. da Silva, um amante da natureza e das viagens a todo - o - terreno ( V T T, caminhadas).
Foi seduzido com ver e recordar aquelas pedras colocadas de margem a margem, as pondras ou alpondras, que no rio das Mestas, tantas vezes na minha infância atravessei, me nasceu agora o desejo de, em Dia de São João, baptizar este blog com a designação de Mestas, em homenagem a um bucólico lugar da freguesia de Vilar de Ferreiros que outrora deve ter sido importante local relacionado com pastores, já que o termo "mesta" significa corporação de pastores de gado transumante.
A transumância que hoje praticamente já não existe em território Nacional, era a passagem periódica, que os rebanhos faziam, das planícies para os montes e vice-versa. Também aos locais onde se tosquiavam as ovelhas e contava o número de reses de cada rebanho, se dava o nome de Mestas, e não "Mestras" como é vulgar pronunciar-se.
Fica deste lugar, onde numa pequena represa tem inicio a levada de Pisqueiredo, um tosco retrato, e o convite para que quem goste de sítios e lugares bucólicos deste nosso Portugal, visite as Mestas, em Vilar de Frerreiros-Mondim de Basto. Levem farnel.