Sumbe é uma cidade angolana, capital da província do Kwanza-Sul que até 1975 os portugueses batizaram e conheciam por Novo Redondo. É constituída pelas comunas de Sumbe, Gangala, Kicombo e Gungo. Foi na peugada de um missionário da diocese de Leiria/Fátima, o Padre Victor José Mira de Jesus, que vim dar aqui e arranjar tema para fazer este post. A origem está no facto desta manhã, na igreja da Senhora da Vitória ( à Baixa-Chiado), ver distribuir uma pagela com uma oração. que é lida diariamente no fim da Eucaristia, a pedir pelo êxito do Sínodo Missionário de Lisboa 2016.
Procurei informar-me sobre esse próximo evento e logo deparo com a noticia que diz:
“Leiria é a terra onde se fez Padre, mas o Gungo é a Missão do seu coração, o seu primeiro amor como Presbítero. Tem voado muitas vezes entre Portugal e Angola e é alma da ‘Geminação’ entre as Dioceses de Leiria-Fátima e Sumbe. Lançou as bases de uma Missão com grande presença laical e tentou pôr o coração de todos os Diocesanos de Leiria a bater ao ritmo deste projecto missionário”.
Do Gungo é bom saber: ”Fica situado nas montanhas a sul do Sumbe, fazendo fronteira com a Diocese de Benguela. A guerra passou por ali com muita intensidade e deixou um rasto de destruição. Os acessos ao interior estão intransitáveis. A equipa missionária de Leiria-Fátima viveu até 2007 num apartamento no Sumbe e fazia visitas regulares e difíceis às áreas da Missão: a sede da Missão fica a 130 Kms do Sumbe, dos quais 50 kms de picada. No tempo da chuva, a média mais elevada era de 5 km/h num jipe com guincho, precisando de 12h para lá chegar”. Ser missionário não é pera doce, é preciso ter um coração grande e santo, como o deste leiriense nascido em Carvide, em 06-06-1967.