A aldeia de Vilarinho é das mais populosas de São Pedro de Vilar de Ferreiros-Mondim de Basto e toda essa população prima por valorizar a terra mediante o seu comportamento social e apego aos bons costumes que lhe vem dos antepassados. A par do trabalho de campo, também o artesanato, em particular o que possa ser utilizado nas normais actividades diárias, é, com a construção civil no país ou estrangeiro, uma mais valia e razão para que se tenha uma vida mais ou menos desafogada. Povo alegre como é timbre do camponês desta região, tem nos ranchos folclóricos a expressão viva dessa boa nota que se manifesta na musica, no traje e na cor.
Até 31 de Outubro de 1979, desorganizado e portanto só por ocasião de qualquer evento que convidasse a reunir havia ensaios e saídas. Assim aconteceu em 1978, altura em que decorreu no Casino Estoril uma Semana Transmontana, organizada pela Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa, e com muito trabalhinho..., Vilarinho, veio ao Estoril. Na Folha ou Boletim do GFRV, escrevi, no seu nº 1, e reproduzi em 25 de Fevereiro de 2008, em blog, esta passagem:
"Fruto de um são e puro regionalismo, a oficialização do GFRV surgiu de uma conversa entre mim e o saudoso bairrista José Queirós aquando da sua vinda ao Casino Estoril, em 1978, integrado no então ainda desorganizado rancho de Vilarinho. Trocamos empressões, ouviram-se os mais directos interessados e o agrupamento folclórico que em 1962 se havia organizado em São Pedro de Vilar de Ferreiros, ou mais propriamente dito no lugar de Vilarinho, desta freguesia, apareceu. Agora legalizado e transformado no Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho. O bairrismo faz destes milagres". Tenho muita honra em dizer que fundei e fiz os seus estatutos. O resto devesse a quem no terreno trabalha e sempre de cara alegre.