Hoje os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa alteraram-me os meus planos da manhã. Mas até calhou bem porque estava a chover com certa densidade e assim evitei um banho de rua. De tarde desci à Baixa, e....subi ao Largo do Chiado.
Ia com vagar e por isso entrei na igreja de Nossa Senhora do Loreto ou igreja dos Italianos, templo muito bonito que foi mandado fazer pelos italianos residentes em Portugal, em 1518. Muito danificado pelo Terramoto de 1755, foi depois recuperado e na reconstrução o mármore italiano está bem representado.
Comigo levei um livro em que lembra São Gregório Magno que quase cada página da Revelação escrita, atesta a existência dos Anjos. Ora perante isto se alguma dúvida se me colocasse acerca dessa realidade ela desaparecia com a informação deixada por este insigne Papa e Doutor da Igreja. Também no Novo Testamento os Anjos aparecem no Evangelho da infância, na narração das tentações do deserto e da consolação de Cristo no Getsemani, sinal que a “existência destes mediadores das mensagens da verdade Divina” não é invenção humana mas “espíritos puros” que Deus criou e nos dá por mensageiros e guias. É um facto que por serem invisíveis só a sua vibração se sente quando atentos e em certas circunstâncias nos apercebemos, mas há exemplos em que por vezes eles se revestem de forma humana, como aconteceu em Fátima, com o Anjo de Portugal, que os Pastorinhos relatam como “ uma figura, como se fosse uma estátua de neve, que os raios do sol tornaram ainda mais transparente”. Está mais que estudada a sua existência e modo de manifestar-se que pode ser através de uma mensagem deixada num sonho, em raios luminosos, e até num pequeno escorregão. Mas a sua actuação vibra sobretudo quando se procura tê-los presentes no pensamento; em particular, aquele que Deus deu a cada ser humano para guia e protector. Alem do meu Anjo da Guarda, também sou devoto da Anjo de Portugal. Que muito tem feito por esta Nação, e se não faz mais é porque os portugueses lhe não pedem, como pediam os nossos antepassados que deram fama à Pátria de São Nuno de Santa Maria e de Camões.