Aquela juventude que me animava nos tempos passados em terras de Basto já se foi, e dela apenas a saudade ficou. Não foram muitos anos, mas o suficiente para ficar preso ao meu torrão-natal e às terras e sítios à sua volta. Desse passado, onde à deriva andei até que as asas crescessem e me deixassem voar foi o cabo dos trabalhos para vencer os muitos obstáculos que se nos deparam ao longo da caminhada terrena dos que não nascidos em berço de ouro estão sujeitos a enfrentar. Com a papinha feita, parte desta juventude de hoje nem sabe o que custou aos nascidos no tempo dos avós. Eu falo pelo meu neto, que tem um avô 75 anos mais velho do que ele, bem como outros que nasceram na década de 30, do século XX, e ainda por aí andam rijos e valentes. Mas muitos outros não resistiram aos trambolhões da vida e foram à nossa frente para a terra da verdade.
Temos aí mais um Verão que com chuva miudinha começou hoje, dia 21 de Junho, e em Lisboa se mostrou. Que diferença este ano, para 2017! Quem já se não lembra que nestes dias de Junho do ano passado o centro de Portugal sofria o mais terrível fogo florestal da sua história centralizado em Pedrogão Grande e concelhos à sua volta. A memória dos homens deste tempo é muito curta, a tecnologia que veio para facilitar também no fazer esquecer ajuda. Quando se não precisa dos órgão a natureza se encarrega de os eliminar. Quem se não esqueceu foram as vítimas da tragédia, sobretudo aquelas que estão a chorar os mortos e à espera de ver as promessas que os políticos da governação lhes fizeram, serem cumpridas. Têm muito que esperar, alguns só no outro mundo.
Mas vamos a não fugir do tema e a manter a juventude dos “dois carros” em forma, para isso nada como subir a um restaurante típico de Carnide Velho e com o neto e os pais comer um almoço pago pela minha esposa que neste dia primeiro de Verão faz anos. No fim do mesmo ilustro com uma foto. Aqui a têm, e de tarde há mais.
E houve do verbo haver