Este ano foi no Porto que decorreu a celebração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, como anfitrião o Presidente da Câmara Municipal da Invicta, Rui Moreira, no seu discurso destacou: “ Em tempos difíceis no país, a cidade do Porto nunca deixou de corresponder, embora no fim da crise volte “inevitavelmente” a ser esquecida”.
Terminou com agradecimento ao chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, pelo facto de ter escolhido comemorar oficialmente o 10 de Junho no Porto, lembrando a “sorte e a ventura” de Portugal ser um país diferente de muitos outros, permanecendo “uno”. Se no Porto foram as celebrações cívicas que juntaram políticos e à volta deles quem por dever ou gosto de participar assistiu este ato solene, em Fátima foi a peregrinação anual das crianças de todas as dioceses do continente que neste dia 10 de Junho ali ocorre.
Fazem-no também em atenção à data com que Pio XII, em 1952, nos honrou ao inserir no Calendário Litúrgico Português a devoção ao Anjo de Portugal. Devoção antiga que a pedido de D. Manuel I, o Papa Júlio II instituiu em 1504, com a designação de “Anjo Custódio do Reino” cujo culto já era muito mais antigo. Esta devoção quase tinha desaparecido, até que em 1916 foi essa mesma divindade que na Loca do Cabeço se identifica aos pastorinhos de Fátima, como sendo o “Anjo da Paz, o Anjo de Portugal”. Também conhecido por Santo Anjo da Guarda de Portugal ou Anjo Custódio de Portugal, é uma das designações dadas a São Miguel Arcanjo. Os Anjos da Guarda são seres mais perfeitos e dignos que nós, criaturas humanas. Não devemos ignorá-lo. Tão importantes são os anjos custódios que em 1608 o Papa Paulo V instituiu a festa dos Santos Anjos da Guarda, e a partir de 1670, o Papa Clemente X fixou a festa obrigatória no dia 2 de Outubro.