Neste blog, vou passar fazer todo aquele trabalho que habitualmente tenho vindo a distribuir por vários blogs. Dar descanso aos velhos....

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 Veio-me ter à mão mais uma daquelas peças moldadas a tinta de imprensa que só o Ginho com a sua capacidade e engenho sabe materializar, e que me trouxe da montanha, onde tenho as minhas raízes, uma perfeita imagem histórica, etnográfica e paisagística, com o titulo: Mondim de Basto.

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 Enriquecida com imerecida dedicatória, uma ilustrada monografia da vila e do concelho a quem D. Manuel I deu carta de foral e manteve até tarde terras regalengas, este guião turístico leva-nos a usar da perspicácia para quando no terreno entender a linguagem das pedras, dos carreiros e atalhos, dos rios e fontes, da arquitectura urbanística e dos montes e vales, deste concelho escondido da vista, mas que no coração palpita. Começa bem, com:
“Um cibo de terra roubado,/A um mar de pinheiros sem fim, /Um Monte e um Rio ao lado,/E lá no meio – Mondim !!!”.

Das “origens” às “histórias & lendas” e dos “factos” aos “ romanos”, nos dá, Luís Jales de Oliveira, em álbum muito bem ilustrado com imagens, prosa e poesia exemplificativa do que de Mondim de Basto só um mondinense do seu calibre á capaz.

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 Temos assim em verso e prosa, ilustrado com imagens, todo um desfilar da história de um concelho rural da região de Basto, que por ficar na margem esquerda do Tâmega e nas faldas do Marão, - onde pontifica o Rio, mas também o Monte Farinha e as Fisgas de Ermelo - é território transmontano, na zona de transição com o Minho, por Celorico e Cabeceiras de Basto (Braga) .

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Repetindo o convite com que o autor, Luís Jales de Oliveira, faz ao leitor, transcrevo: “ Dizia o povo que quem bebesse da água do Barrio ficaria enfeitiçado e jamais haveria de partir. Venha beber da nossa identidade e deixe-se enfeitiçar por Mondim”. Muitas vezes lá bebi, mas, por aldoes da vida, resisti ao feitiço...

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Uma forma original para encerrar este atraente cardápio turístico, com um convite ao leitor do livro a se deter na ementa e escolher a seu gosto. Tem muito por onde, e diversificado. Do património cultural ao construído, do desporto profissional ao amadorismo e de lazer, não falta em Mondim. Sem pretensões de historiador fecundo, mas muito sabedor do que escreve, o Ginho, desce pela mão dos entendidos às remotas origens históricas da nossa terra, mais para varrer poeira que ao longo de séculos se acumulou, para desviando-a facilitar as gerações futuras e actuais a conhecer o que agora Mondim ainda tem de maravilhoso para mostrar. Leva-nos serra fora, desde o "castroeyro" à " cruz do Jugal", e pela cumeada até às grutas de Campanhó. E ao Ermelo, para nos mostrar as Fisgas.

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A vila, a montanha e as suas aldeias, os ribeiros e ribeiras, a fauna e flora do Alvão, as festas e romarias, a música, o folclore, as tradições, os artistas da pedra, da madeira e do ferro, são motivos a juntar a uma gastronomia, onde impera o “verdasco” de muita qualidade, a famosa carne maronesa, o pão cozido nos fornos a lenha, e moído nos típicos moinhos de rodízio, depois de cultivado pelo lavrador nos campos e lameiros de entre Tâmega e Lamas de Ôlo. Mais um diamante lapidado com gosto e muita arte por Luís Jales Oliveira.

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 14:58

10 comentários:
MONDIM DE BASTO

"Um cibo de terra roubado,
a um mar de pinheiros sem fim,
um Monte e um Rio ao lado,
e lá no meio - Mondim !!!"

No peito do mapa de Portugal, Basto é um pequeno coração esquartelado com duas aurículas, Cabeceiras e Ribeira de Pena, dois ventrículos, Celorico e Mondim de Basto e uma veia cava oxigenadora, o Rio Tâmega, que lhe rasga o tecido na vertical.
Mondim, ventrículo sestro do referido tecido muscular, repousa numa chã fértil da margem esquerda do nosso Tâmega sagrado, ajoelhado aos pés de Nossa Senhora da Graça, precisamente onde o Minho acaba e Trás-os-Montes começa. O concelho estende-se por uma área de 174 km2 englobando zonas de transição, zonas diversificadas e de marcante originalidade. As freguesias de Atei, do Bilhó, de Campanhó/Paradança, de Ermelo/Pardelhas, de S.Cristovão de Mondim e de Vilar de Ferreiros desenham um tecido único e invulgar, onde a natureza se manifesta no seu esplendor original.
Somos o "pousadouro", o centro da travessia que liga o Douro ao Verde Minho, o local privilegiado onde os viajantes podem pernoitar, retemperar as forças e descobrir uma terra de deslumbramento.
Porto e Braga ficam a uma hora de caminho, Guimarães, Vila Real e Amarante a cerca de trinta minutos e, depois, Espanha é mesmo, mesmo ali ao lado.

In Mondim de Basto
an a 12 de Julho de 2016 às 13:15

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