Neste blog, vou passar fazer todo aquele trabalho que habitualmente tenho vindo a distribuir por vários blogs. Dar descanso aos velhos....

28
Jan 18

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Com o titulo “ As vistas mais espectaculares de Portugal” li na SAPOVIAGENS o que de miradouros temos para  aconselhar a ver e convidar a visitar. Dez (10) foi o número redondo escolhido entre os muitos merecedores de eleição mas que ficaram por lembrar.

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Recordo dos ignorados o Monte Farinha, em Vilar de Ferreiros (Mondim de Basto) com quase 1000metros de altitude e do qual se avistam mais de 200 km. ao redor. Famoso pelo seu santuário de NS da Graça.

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Como o Monte Farinha também o alto do Colcurinho com os seus 1242 metros de altitude na Aldeia das Dez (Oliveira do Hospital) é merecedor de figurar no rol dos miradouros turísticos de nosso Portugal.

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Fiquei encantado com este visita que fiz na companhia do Sr. Padre Melquiades e de sua irmã Madalena e mais tarde com uns sobrinhos que lá levei em visita. Somos muito ricos em beleza natural e se bem aproveitada como fazem os nossos "hermanos" espanhóis, éramos uns felizardos. De facto nesta área a vizinha Espanha dá cartas. Recordo Santa Tecla que visitei à cerca de 60 anos e já então os nossos vizinhos davam lições…Tenho ainda bem presente quando ali desejei adquirir um “recuerdo” para trazer de lá, mas os escudos minguavam e os poucos que haviam eram para gastar em Tuy com caramelos e Pedro Domecq, antes de regressar a Portugal. Foi então que deparei com uma serie de carteiras de fósforos onde constavam gravadas imagens alusivas aos monumentos da região e comprei não sei quantas por poucas pesetas a trouxe recordação de visita. E assim  fiz a festa.

Hoje as editoras quase chamaram a si essa tarefa e tudo quanto é postal ou livro tem seu direito de autor. É bom, mas condiciona aqueles que sem habilitações possam ter ideias proveitosas. A “doutorice” pelos nossos lados ainda não deu provas pela positiva que cause espanto. No entanto o mesmo não acontece na diáspora, onde muitos são os que se destacam. Um desses soube há pouco é um distinto professor de Filosofia, escritor e jornalista, José Luis Nunes Martins, filho de um meu conterrâneo nascido em Vilar de Ferreiros, o que vem confirmar o que disse.

Na região de Basto o Criador colocou tudo quanto é preciso para fazer do espaço um paraíso terreal, só que deixou ao critério do ser humano a missão de cuidar dele, e nisso os jardineiros só no bucho e nas japoneiras é que se tornaram artistas. No resto mantiveram intacta a virgindade do presente que como dote receberam. De tempos a tempos lá surge um prosador inspirado ou vate a badalar que temos beleza digna de ser exaltada, mas logo as orelhas dos circunstantes ensurdecem e os braços e pernas desfalecem. Mas uma coisa temos:  a paisagem encantadora com sua flora e fauna que em parte tem sido destruída, por malvadez duns, e doutros a titulo de fazer fortuna fácil.

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 15:14

13
Mai 17

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É certamente a festa mais antiga que se celebra no Monte Farinha, embora a romaria de São Tiago também seja antiga e sempre mais animada, até por que “pelo São Tiago apinta o bago”. Ainda conheci muito bem a celebração da festa, em 5ª-feira de Ascensão, e do ditado nunca mais me esqueci: “Da Páscoa à Ascensão 40 dias vão”. Deixou de se festejar no dia, por não ser feriado passando a festa para o domingo seguinte, era regra festejar-se na décima-quarta quinta-feira da Páscoa. Em Portugal essa dia tornou-se popular e também conhecido como “Festa da Espiga”.  

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Mas como festa cristã é designada por Festa da Ascensão, pois comemora a Ascensão de Jesus ao Céu. Tratasse de uma das festas ecuménicas, das que são comemoradas em todas as igrejas cristãs, a par da Semana da Paixão, a Páscoa e o Pentecostes. Agora com sua data fixada a 25 de Maio, a Quinta-feira da Ascensão do Senhor, este ano vai ser celebrada no Monte Farinha precisamente no domingo em que tem vindo a festejar-se ali esta festividade: ultimo domingo de Maio. Foi uma graça em ano do centenário das Aparições em Fátima. E aí temos nós as duas imagens. 

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21
Out 16

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(Monte Farinha, com uma mancha das pedreiras)
Com a Grande Peregrinação de Setembro, no primeiro domingo, e o encerrar desse mês, acabam as celebrações Eucarísticas ao domingo, no Santuário de Nossa Senhora da Graça; que como é tradição têm inicio em Maio. Agora só no próximo mês de Maria é que voltará haver Missa dominical, ali, e se não houver alterações, nos horários, às 16h00.

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(Ponte de Mondim sobre o Rio Tâmega)

Mas nem por isso ao longo de todo o ano aquele santo lugar e trono granítico de Nossa Senhora da Graça deixa de ter visitantes e fieis devotos da Virgem Maria e do Apóstolo Santiago que com Ela tem ali pousada, e se festeja com muito fervor desde tempos remotos, no seu dia 25 de Julho. Como a Ascensão do Senhor, que deixou de se festejar em Quinta-feira de Ascensão, e agora se celebra aqui no ultimo domingo de Maio, deve ser das festas mais antigas que se celebram no Monte Farinha, como também a romaria de Santiago, que tudo indica surge por ficar na rota dos romeiros que de Panoias tomavam a direcção de Compostela, por Santiago de Lamas de Ôlo, Santiago de Gagos e percorrendo caminho e terras chegar junto ao túmulo do Apostolo.

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(Santuário, Restaurante e Centro de Apoio aos Peregrinos, com 11 quartos individuais)

 Pela sua configuração geográfica o Monte Farinha tornou-se notável quer para os nativos, quer para quem vem de visita ou para se fixar nesta encantadora região de Basto. Região que formada por quatro concelhos se reparte pelos distritos de Braga e Vila Real. E cada um tem o seu cardápio para mostrar ao visitante o que de belo pode ver. 

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(Cordilheira da montanha sagrada de Basto)

 Mondim tem a vila e as suas aldeias; o rio Tâmega, que querem destruir; as Fisgas de Ermelo, uma das maiores “cataratas” da Península, e com passadiço para percorrer. E tem o Monte Farinha, a sobrepor-se a todas estas maravilhas com que o Criador dotou as terras de Santa Senhorinha. 

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(Igreja paroquial de S. Pedro de Vilar de Ferreiros)

 Como filho de São Pedro de Vilar de Ferreiros, sinto-me orgulhoso por ser um transmontano de Basto, e da minha terra fazer parte dos caminhos de Santiago, ainda que muitos não queiram.

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 21:26

06
Ago 16

 

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 Hoje lembrei-me deste saudoso e conceituado pintor sacro que conheci em 1992 e que até ao seu falecimento tive por amigo sincero. Refiro-me ao bracarense  Sebastião Pinto da Silva. Creio que em 1948 foi tropa no quartel de Campo de Ourique  e ali deixou a sua arte de pincel e paleta bem visível na  sala de sargentos da que é hoje a ESSM. Anos mais tarde esse trabalho esteve em risco de ser destruído face a obras no salão. Quando já tudo apontava nesse sentido calhei de descobrir um familiar do artista, e disso dei conhecimento ao saudoso brigadeiro Duarte Ferreira que me encarregou de contactar o pintor. Resultou daí vir o mestre Sebastião a Lisboa para restaurar o seu trabalho, ficando alojado na Escola até à sua conclusão. Ganhando eu, além da sua amizade, um quadro pintado por ele onde faz constar a minha aldeira com seu cruzeiro paroquial e como pano de fundo o Monte Farinha  

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 11:43

25
Jul 16

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A obra deixada pelo saudosos D. Joaquim Gonçalves e Padre Correia Guedes, que foram respectivamente bispo da Diocese de Vila Real, e pároco de São Pedro de Vilar de Ferreiros ganhou o respeito e admiração de todos os devotos e romeiros de Nossa Senhora da Graça e do "Santinho", San'Tiago. E mereceu agora por parte das forças vivas do concelho esse mesmo reconhecimento expresso na iluminação publica do santuário e recinto à volta, com que acaba de ser dotado, dando assim satisfação a um desejo da Irmandade em ver o local mais acolhedor e  durante a noite mais seguro, mediante a iluminação da rede pública.

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Mas para além das citadas duas figuras que tanto se empenharam no desenvolvimento e enriquecimento do Santuário, o “Bispo e o Padre da Senhora da Graça”, construindo obra de embelezamento e apoio ao peregrino e romeiro, não se pode ignorar a generosa colaboração prestada pelo também saudoso Sr. Manuel Lopes cujas árvores que hoje dão sombra nos recintos à volta do santuário faz recordar o seu zelo e dedicação á causa deste Santuário. Como ele, um outro vilar-ferreirense, Mário Borges Lopes, ali se mantem activo e disponível servindo na Irmandade em colaboração com o actual pároco de Vilar de Ferreiros, Sr. Padre João Paulo.

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 Preciso é também ter em conta que os principais obreiros são os fieis e amigos deste “santo miradouro” que contribuem com as suas ofertas para que as obras se façam. O que não acontece se deixam dar ou pior se não reconhecem o labor e boa e séria administração dos bens da Irmandade, como tem acontecido. Por isso mereceu e é de louvar esta generosa golfada de carinho e zelo patrimonial vinda da parte da Câmara Municipal e do seu dedicado presidente, Humberto Cerqueira, e demais colaboradores seus. Trata-se de mais uma fonte de energia a valorizar o Santuário

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Após este melhoramento ficou mais rico o Monte Farinha e mais enobrecido o trono granítico de Nossa Senhora da Graça, que até de noite passou a ser enxergado a muita distância de Mondim. Factos que destaco e ilustro com a bouça e capela do fundo, vistas à luz duma caveira…..

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  “A Caveira do Ermitão
Segundo a tradição, essa tal caveira é a do primeiro ermitão que neste monte viveu e habitou um covil, perto da fonte vizinha da represa abundante de água cristalina que servia para lhe regar a bouça, ao lado onde se situa hoje a Capela do Fundo, na encosta voltada para Campos. Foi ele que junto a esta fonte (Fonte do Ermitão) construiu a primeira capela, que não foi certamente ao gosto da Senhora, porque de noite, dizem, abandonava-a para vir para o cimo do monte. Até que um dia surpreendida nos seus devaneios pela solicitude vigilante do ermitão, resultou uma nova edificação mais ao seu agrado no cume do Monte Farinha. Precisamente no coto deste santo lugar e miradouro inconfundível do norte de Portugal. Da identidade e quando tudo aconteceu a lenda só acrescenta mais: que certa noite, quando regressava ao seu tugúrio, o ermitão foi surpreendido por um bando de malfeitores que o assassinaram junto à vizinha Pedra Alta, na vertente para Atei, vindo depois a ser sepultado, com odor de santidade, à entrada da igreja paroquial de São Pedro de Vilar de Ferreiros. Lenda, mas é de supor haver alguma dose de realidade histórica, se se tiver em atenção o piedoso respeito que desde tempos muito recuados os peregrinos e romeiros que, de perto e longe, sobem ao Monte Farinha sempre manifestaram por esta enigmática caveira que depois de retirada há anos da casa das estampas, onde estava exposta, volta agora, a esta sala, mas como simples peça museológica, e a fazer memória conjuntamente com o folclore regional que no seu reportório alude a um ermitão deste santuário Mariano vitima de malfeitores:
Nossa Senhora da Graça,
que é do vosso ermitão?
- Ao cimo da Pedra Alta,
lhe fizeram a traição”.

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 17:21

10
Jun 16

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 Veio-me ter à mão mais uma daquelas peças moldadas a tinta de imprensa que só o Ginho com a sua capacidade e engenho sabe materializar, e que me trouxe da montanha, onde tenho as minhas raízes, uma perfeita imagem histórica, etnográfica e paisagística, com o titulo: Mondim de Basto.

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 Enriquecida com imerecida dedicatória, uma ilustrada monografia da vila e do concelho a quem D. Manuel I deu carta de foral e manteve até tarde terras regalengas, este guião turístico leva-nos a usar da perspicácia para quando no terreno entender a linguagem das pedras, dos carreiros e atalhos, dos rios e fontes, da arquitectura urbanística e dos montes e vales, deste concelho escondido da vista, mas que no coração palpita. Começa bem, com:
“Um cibo de terra roubado,/A um mar de pinheiros sem fim, /Um Monte e um Rio ao lado,/E lá no meio – Mondim !!!”.

Das “origens” às “histórias & lendas” e dos “factos” aos “ romanos”, nos dá, Luís Jales de Oliveira, em álbum muito bem ilustrado com imagens, prosa e poesia exemplificativa do que de Mondim de Basto só um mondinense do seu calibre á capaz.

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 Temos assim em verso e prosa, ilustrado com imagens, todo um desfilar da história de um concelho rural da região de Basto, que por ficar na margem esquerda do Tâmega e nas faldas do Marão, - onde pontifica o Rio, mas também o Monte Farinha e as Fisgas de Ermelo - é território transmontano, na zona de transição com o Minho, por Celorico e Cabeceiras de Basto (Braga) .

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Repetindo o convite com que o autor, Luís Jales de Oliveira, faz ao leitor, transcrevo: “ Dizia o povo que quem bebesse da água do Barrio ficaria enfeitiçado e jamais haveria de partir. Venha beber da nossa identidade e deixe-se enfeitiçar por Mondim”. Muitas vezes lá bebi, mas, por aldoes da vida, resisti ao feitiço...

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Uma forma original para encerrar este atraente cardápio turístico, com um convite ao leitor do livro a se deter na ementa e escolher a seu gosto. Tem muito por onde, e diversificado. Do património cultural ao construído, do desporto profissional ao amadorismo e de lazer, não falta em Mondim. Sem pretensões de historiador fecundo, mas muito sabedor do que escreve, o Ginho, desce pela mão dos entendidos às remotas origens históricas da nossa terra, mais para varrer poeira que ao longo de séculos se acumulou, para desviando-a facilitar as gerações futuras e actuais a conhecer o que agora Mondim ainda tem de maravilhoso para mostrar. Leva-nos serra fora, desde o "castroeyro" à " cruz do Jugal", e pela cumeada até às grutas de Campanhó. E ao Ermelo, para nos mostrar as Fisgas.

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A vila, a montanha e as suas aldeias, os ribeiros e ribeiras, a fauna e flora do Alvão, as festas e romarias, a música, o folclore, as tradições, os artistas da pedra, da madeira e do ferro, são motivos a juntar a uma gastronomia, onde impera o “verdasco” de muita qualidade, a famosa carne maronesa, o pão cozido nos fornos a lenha, e moído nos típicos moinhos de rodízio, depois de cultivado pelo lavrador nos campos e lameiros de entre Tâmega e Lamas de Ôlo. Mais um diamante lapidado com gosto e muita arte por Luís Jales Oliveira.

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 14:58

04
Mar 16

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O Monte Farinha ou Alto de Nossa Senhora da Graça é o ex-libris, não só de Mondim, mas de toda a região de Basto. Com os seus quase mil metros de altitude, este especto paisagístico em forma de pirâmide é além de um espaço sagrado e de peregrinação, como vem desde há muitos anos a servir de palco para certas modalidades desportivas, com destaque para o ciclismo, parapentes, e também provas motorizadas. Com o Tâmega e as Fisgas de Ermelo, constitui o principal atrativo turístico do concelho de Mondim de Basto. Por isso assenta bem aqui o significado da expressão ex-libris, empregue a terras de Basto.

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São quatro postais com a sua história, o da vista parcial de Mondim de Basto foi-me enviado de Celorico de Basto pelo saudoso amigo Sr. Albano Borges, do Noticias de Basto, a 05 de Dezembro de 1973, com uma mensagem de parabéns para o dia seguinte, o do meu aniversário.

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Os outros três fazem parte de uma coleção que guardo de postais recebidos na minha troca de correspondência com saudoso Padre Guedes após iniciar o seu múnus paroquial na freguesia de Vilar de Ferreiros.

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Este foi me remetido a 20 de Abril de 1968. Dizia então: “os meus afazeres paroquiais não me permitem responder prontamente; mas no entanto eu concordo com a proposta acerca dos livros ”, e adiantava : “ Brevemente eu escreverei com mais espaço”. É em homenagem a este saudoso sacerdote, o “Padre da Senhora da Graça”, que divulgo estas imagens antigas.

 

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 22:12

13
Nov 15

 

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 Era há muito aguardado que no cimo do Monte Farinha, a sua coroa de gloria e morada da sua padroeira, Nossa Senhora da Graça, também durante a noite se deixasse identificar por quem de perto ou longe deite o olhar na direcção daquela gigantesca pirâmide granítica. Demorou, mas hoje além do mais também os vândalos vão passar a ter aqui a sua acção mais dificultada; e assim, como também esta montanha sagrada passou a ficar mais dignificada; diríamos, que à medida do ponto de referência que é de toda a região de Basto, mormente do transmontano concelho de Mondim. Mais um salto qualificativo da administração do Santuário sob orientação da paróquia de Vilar de Ferreiros e do apoio das diversa entidades intervenientes, com destaque para a Vereação e Câmara Municipal a que preside o Prof. Humberto Cerqueira, pois que de maneira particular se têm empenhado na solução desta lacuna.

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Com o leito do Rio Tâmega, as Fisgas de Ermelo e o Monte Farinha, Mondim de Basto tem nestes três pilares o apoio bastante para dinamizar o turismo rural, e outro, criando assim, riqueza sem precisar de sacrificar a paisagem natural com que foi privilegiado pelo Criador. Já basta a desfiguração da paisagem, e o empobrecimento do solo, retirando-lhe o granito e por certo apagando muito da história remota que povos diversos deixam assinalada em castros e gravuras rupestres, como por exemplo no Meão Grande (Alto dos Palhaços), no Crastrueiro e nas Richeiras. Durante anos sem conta, entregue ao Deus dará, o património histórico-cultural desta região deixou-se atrofiar e até desbaratar, servindo, em muitos casos, os restos arqueológicos que a esmo existiam por todo o Monte Farinha, para fazer paredes e adornar quintais. Duma forma ou outra, assim era dantes e assim continua a ser.

                                                                                                               

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 17:37

31
Ago 15

 

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ARKEOLOGIA é um site de âmbito informativo que se lê com agrado. Ora como sabemos a informação é de cariz jornalístico, é muito importante até porque hoje a maioria dos operacionais da INFORMAÇÃO por norma são licenciados. Isto para dizer que não há razão para que as noticias que nos chegam não sejam perceptíveis ou ainda pior se adornadas com a falta de rigor histórico quando se entra nesse campo. A razão deste meu post está no reler um titulo, por sinal até bem iniciado, mas que pecou ao meter-se nas festas que por certo não conhece ou leu de algum autor também mal informado . Tem pouca ou nenhuma importância no contexto histórico e das festividades, mas não credibiliza o texto.

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Postado por Rui Magalhães, em 02 de Julho de 2009, sob titulo Monte Farinha, lê-se ao terminar a sua descrição: “ ….Santuário de Nossa Senhora da Graça, onde se realizam três festas oficiais: a Ascensão, no ultimo domingo de Maio, que se realizou pela primeira vez em 1945, como forma de agradecimento, depois da II Guerra Mundial; a Santiago, no dia 25 de Julho, secular romaria, já referenciada em 1500; e a grande Peregrinação Anual, no primeiro domingo de Setembro”. - Esta, sim, é que teve inicio em 1945. Tanto a Festa da Ascensão, como a de São Tiago, são ali festividades muitos antigas, mas não me atrevo avançar com qualquer data que não esteja documentada. As duas primeiras para este ano já lá vão, a Peregrinação de Setembro é no próximo domingo, dia seis

 

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 16:24

02
Ago 15

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(O monte Farinha visto do lado sul)

Encarrapitada desde as cimalhas dos montes de Ventozelos, da Tontuça, do Toumilo, e do Fragão de São Paulo, pela Bouça da Isabel ao Coto de Campos, a freguesia de Vilar de Ferreiros, continua dali, pelo centro da aldeia de Campos, em ascensão até ao cimo do Monte Farinha (Nossa Senhora da Graça), local que mereceu de Torga este honroso comentário: “Empoleirado neste miradoiro, solto os olhos por metade de Portugal. Montes, rios e vales edénicos, genesíacos, como que acabados de sair das mãos do Criador. A natureza na sua primitiva decência, desabitada, limpa de toda a mácula humana. Nem sequer tocada pelo pasmo de quem a contempla”. Percebe-se que foi anos antes das “pedreiras” terem ganho aqui o estatuto demolidor da paisagem e do património granítico de toda a “montanha sagrada” que o autor de Bichos fez tal apreciação. Desta “montanha sagrada” a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira faz saber que os cumes desta pequena serra estão coroados com “largos cordões de pedra em montão, ruínas de muros antiquíssimos, que a tradição local diz serem obras de mouros”. Bebeu em boa fonte que foi o Padre Augusto Ferreira, responsável pelo três últimos volumes do dicionário Portugal Antigo e Moderno, de Pinho Leal. Nasceu, em Corvaceira, freguesia de Penajóia, a 14 de Novembro de 1833, e faleceu no Porto, a 17 de Junho de 1913.

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(Neste quarteirão urbanístico viveu, e ainda vivem parentes do Padre Rodrigues de Morais)

 Foi durante 49 anos, até à morte, pároco de Miragaia, embora antes tivesse sido apresentado e colado da abadia  de Távora; como primeiro havia sido examinador prosinodal e professor do seminário de Lamego, onde concluiu o curso do seminário em 1850. Em 1856 formou-se em Teologia na Universidade de Coimbra e chegou a exercer as funções de Vigário Geral da sua diocese (Lamego)

Colocado na igreja de Miragaia ,em 1864, colaborou com Pinho Leal  na publicação de: "Maria Coroada ou cisma da Granja de Tedo", 1879, que é a história de um célebre pseudo-hermafrodita, António ou Antónia  Custódio  das Neves , que depois faleceu no incêndio do Teatro Baquet.

Depois da morte de Pinho Leal, em 1884, ficou interrompida a publicação do dicionário "Portugal Antigo e Moderno", que ia no Tombo X e no artigo Viana-do- Castelo.

O Abade de Miragaia, padre Pedro Augusto Ferreira, que fora um dos seus colaboradores, foi convidado  continuar a  obra, publicando-se assim o final do tomo X e os tomos XI e XII. Era sócio da Associação dos Arquitectos e Arqueólogos Portugueses e “Sociedade Camoniana".  A freguesia de Vilar de Ferreiros teve no Abade de Miragaia um dos mais notáveis historiadores que dela se ocuparam. Era amigo pessoal do padre Rodrigues de Morais, a quem também muito deve a nossa freguesia. Por os pontos nos “ii”; em dia de  mais uma subida à Senhora da Graça da Volta a Portugal em Bicicleta, em 02 de Agosto/15

 

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 15:03

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