(Porta de entrada e saída na igreja da Natividade (Belém)
Ao aproximar-se o fim de mais um Ano Litúrgico, e o Advento que dá inicio a um novo circulo, fez me recordar o que não pode fazer, quem visita a Terra Santa: regressar sem visitar a igreja da Natividade, na cidade de Belém. Tive esse privilégio quando em 2012 fui em peregrinação a Israel, e ali me desloquei emocionado com a paisagem e a história daquela cidade palestina situada na parte central da Cisjordânia, nas proximidades de Jerusalém. A sua população é formada por cristãos e muçulmanos que pacificamente se têm comportado muito bem. A maioria já foi cristã, mas actualmente dizem que tem perdido influencia em relação aos muçulmanos. A culpa também pode ser por nós cristãos, nem sempre testemunhar que o somos.
(Na Basilica da Natividade uma estrela assinala o local do nascimento de Jesus)
Depois da visita à igreja de Galicante ( Jerusalém) parti para a parte nova da cidade, onde, junto ao Santuário do Livro, apreciei a maquete gigante da cidade antiga; tal como era no tempo de Jesus. E dali segui em direcção a Belém, onde , na área do Campo dos Pastores, almocei, para na cidade de David ir concluir a jornada, em demorada visita, na sagrada Basílica da Natividade. Cidade ocupada pela Jordânia, durante a guerra israelo-árabe em 1948, o mesmo de seguida sucedeu por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Presentemente Belém está estrangulada pelo muro de segurança israelense. Entretanto embora Israel controle as entradas e saídas de Belém, a administração quotidiana está sob supervisão da Autoridade Nacional Palestina desde 1995. Há coisas que só se conseguem ver bem através da fé; quem não goza desse dom, vê tudo muito turbo. No caso da Gruta da Natividade, como na Gruta do Leite , anda muita ornamentação à volta do todo, o que contrasta com o verdadeiro relato dos evangelhos e portanto de como ali foi recebida a Sagrada Família e se deu o nascimento de Jesus. Mas não nos deve surpreender nada que hoje tudo ali seja brilhante e multicolorido pois Jesus nasceu para nos tirar das trevas e fazer brilhar os corações dos crentes. E ali não só os cristãos, mas outras Confissões rezam em comum ao mesmo Deus e à Virgem Maria.