Neste blog, vou passar fazer todo aquele trabalho que habitualmente tenho vindo a distribuir por vários blogs. Dar descanso aos velhos....

28
Fev 15

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          A Bajouca ficou mais pobre, no passado dia 24 de Fevereiro. Faleceu no Hospital de Santo André, o decano dos oleiros bajouquenses e que na arte foi uma referência da sua aldeia e do concelho de Leiria, nas décadas de 50 e 60. A capital do barro leiriense confundia-se com o nome de Luís Santo, como era conhecido o mestre Luís da Silva, de seu nome verdadeiro. Muitos dos seus trabalhos serviram para promover não só a Bajouca mas a região turística da princesa do Lis, com valiosos e apreciados trabalhos seus que ultrapassaram fronteiras levando consigo a chancela de Luís Santo. Do seu talento deu conta o médico Dr. Rui Paiva de Carvalho, como em esboço monográfico que, em 1974, fiz e intitulei “Terras do Lis e de Santo Aleixo da Bajouca”, nele mencionei : “O barro da Bajouca há muito que conquistou popularidade e o apreço por parte de regionalistas da envergadura dos saudosos Drs. Rui Paiva de Carvalho e Torres Marques, os quais em meados deste século, apoiados no oleiro “ Ti Luís Santo”, desempenharam importante papel na promoção e divulgação da Olaria bajouquense: Português ou estrangeiro/Que vais em corrida louca/Não passes sem ver primeiro/Estas louças da Bajouca”. Deixou rasto este inesquecível bajouquense que da sua terra e região foi do barro destacado embaixador. Com ele privamos alguns momentos de prazer a ver a roda e a mão do artista a moldar a pasta, ao mesmo tempo que falava do seu oficio e da história da olaria na Bajouca. Com a sua morte, ao cabo de 93 anos de vida, além do mais, perdi um amigo que desceu à terra, na tarde do dia 25 deste mês, após missa de corpo presente, pelas 14h30, na igreja paroquial da freguesia. A toda a família enlutada os meus mais sinceros pêsames, e a todos os bajouquenses lembro o dever de não deixarem perder a memória deste artista do barro que teve e deu fama à olaria regional portuguesa.

 

 

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25
Fev 15

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          Por informação de pessoa amiga, soube agora da morte de um distinto mondinense com quem mantive amistoso relacionamento, sem no entanto nunca o divulgar para não ferir a sensibilidade daqueles a quem custa entender que ser adversário, não é ser inimigo. Era filho de um mondinense amigo da terra e da cultura popular das suas gentes, e não fora arvorar-se em defensor de uma causa cuja "cobiça" era o seu único fundamento legítimo. Além de um excelente etnógrafo, o autor de “Nossa Senhora da Graça, em Mondim de Basto” teria também oportunidade de ficar na história local como um bom bacharel em Direito. Foi o saber-me adversário de seu saudoso pai, na defesa dos direitos históricos e jurídicos de Vilar de Ferreiros na Ermida do Monte Farinha que nos aproximou e fez amigos. Ele sabia que eu era admirador dos trabalhos etnográficos e de recolha de dados históricos de interesse concelhio que seu pai editou, como também sabia que na nossa contenda esteve sempre presente um amor desmesurado de nós ambos ao nosso torrão. Que longe de separar uniu e deu mais fama ao concelho de Mondim e à região de Basto. Não é por mero acaso que a 02 de Novembro de 2009, em livro que me foi ofertado pelo saudoso Jaime Borges de Castro, Estudos Mondinenses, fez constar esta dedicatória: “ Ao senhor Costa Pereira ofereço o livro do meu saudoso pai que, se fosse vivo, ficaria, com certeza, satisfeito por tal iniciativa. Um abraço”.

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         Há muito que se me queixava da pouca saúde que tinha, evidenciada na doença de alzheimer que influiu no seu passamento, ocorrido no passado dia 14 deste mês de Fevereiro. Os últimos anos gastou-os num vai vem, do Porto para Barcelos, onde tinha uma quinta, e de Barcelos para o Porto, onde tinha residência. Como muitos outros conterrâneos, era mais um mondinense da diáspora, mas que muito amava sua terra, a vila de Mondim de Basto, onde nasceu a 28/07/1939. Nessa condição os restos mortais ficaram na diáspora , mas foi celebrada missa de 7ºDia na igreja paroquial de São Cristóvão de Mondim, onde a presença de muitos familiares e amigos se fez notar sufragando a alma do saudoso extinto. Era filho do Dr. António Borges de Castro e D. Gabriela Ribeiro Camões, e casado com D. Maria Helena de Sousa Ribeiro da Quinta Borges de Castro. As almas nobres não morrem.

 

 

 

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23
Fev 15

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          Meio século são muitos 365 dias, mais o resto. Que postos ao serviço duma causa ou missão merecem ser realçados e reconhecidos por quem desse labor beneficiou. Reporto-me aqui ao Padre Correia Guedes que durante 50 anos paroquiou a freguesia de Vilar de Ferreiros, onde baptizou gerações e confortou em vida, e na hora de perdê-la, a alma de muitos paroquianos seus, e meus conterrâneos.

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           Estou a vê-lo nos primeiros meses da sua chegada a Vilar, numa aldeia sem estrada, sem luz eléctrica, nem água potável. Paciente, mas inconformado o “ Gigante com coração de pomba” vai de iniciar a batalha contra o marasmo das forças vivas da terra e do concelho. Começando por combater a pobreza vizinha, com fazer casa dos pobres, e à Caritas pedir apoio alimentar. Seguiu-se o empenho em ver a rede escolar a contemplar todo espaço da freguesia e por isso bateu-se pela criação de um posto escolar em Vila Chã, que conseguiu.

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          No cumprimento do seu múnus sacerdotal e no zelo pelo património paroquial e defesa dos direitos da freguesia, muitas vezes foi forçado a perder a paciência e dizer o que não queria. Quando hoje vejo pessoas a queixarem-se da crise que se vive, vem-me à memória os primeiros anos em que este zeloso sacerdote veio, como coadjutor do Abade Miranda, para Vilar de Ferreiros. O único meio locomotivo de então eram as pernas, e para atender os fregueses nos diversos lugares, dava mais trabalho aparelhar o cavalo do que ir a pé. Lembra-me de uma vez, no pino do Verão, o ver deixar o jantar na mesa, para levar os “últimos sacramentos" a um enfermo; fiz-lhe também companhia. Outra, de com ele, pelas Richeiras e Caminho Novo, subir ai “Iteiro da Senhora”, onde o vi, e ajudei também, de pano na mão, a limpar o pó das imagens e do altar de Nossa Senhora da Graça. Os anos passam e pesam sobre quem carrega com eles. Mas o importante é que no trajecto fique rasto, e o abade Correia Guedes, o “ Padre de Nossa Senhora da Graça” deixou bem visíveis as suas pegadas no terreno que pisou como pároco, e em particular no santuário do Monte Farinha.

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          Desde a sua ordenação em 1957, que o Padre Manuel Joaquim Correia Guedes - natural de Torgueda – Vila Real, onde nasceu 04 de Julho de 1932 -, foi colocado ao serviço do concelho de Mondim de Basto, primeiro em Pardelhas e Campanhó e quatro anos depois em São Pedro de Vilar de Ferreiros, a 12 de Janeiro de 1961.  Por ter resignado deixou de paroquiar a 04 de Outubro de 2013, mas por considerar  esta terra como sua, continua a habitar a residência paroquial e a dar apoio ao Arciprestado do Baixo Tâmega, em particular ao novo pároco que o veio substituir.

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          Entretanto foi nomeado Capelão da Santa Casa da Misericórdia de Mondim de Basto, onde vai à segunda, quarta e sexta-feira. Por muito que se tente contabilizar as virtudes e serviços prestados ao nosso concelho por este sacerdote, as contas acabaram sempre erradas por insuficiência de gratidão. Que nesta sua mais recente missão, a Misericórdia Divina ajude no levar da cruz de cada dia, não de rastos mas bem erguida como é timbre dum verdadeiro gigante do amor à Igreja e aos homens filhos de Deus.

 

 

 

 

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21
Fev 15

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“ Quicumque vult” ou Símbolo Atanasiano foi elaborado no sentido de combater o arianismo e reforçar a fé na Santíssima Trindade.É uma oração bonita e muito pedagógica que consta completa num pequeno livrinho da DIEL, intitulado "Orações habituais". Neste 1º Domingo da Quaresma, faz parte do ritual dos crentes recitar esta oração que é atribuída a Santo Anastácio, bispo de Alexandria que morreu mártir. Pelo seu interesse e maré...., transcrevo:

          “Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica. /Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente, perecerá sem dúvida por toda a eternidade./A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas e três Pessoas em um só Deus./Sem confundir as Pessoas nem separar a substância./Porque uma só é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo./Mas uma só é a divindade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, igual a glória e coeterna a majestade./Tal como é o Pai, tal é o Filho, tal é o Espírito Santo./O Pai é incriado, o Filho é incriado, o Espírito Santo é incriado./O Pai é imenso, o Filho é imenso, o Espírito Santo é imenso./O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno./E contudo não são três eternos, mas um só eterno./Assim como não são três incriados, nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso./Da mesma maneira, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente./E contudo não são três onipotentes, mas um só onipotente./Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus./E contudo não são três deuses, mas um só Deus./Do mesmo modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor./E contudo não são três senhores, mas um só Senhor./Porque, assim como a verdade cristã nos manda confessar que cada uma das Pessoas é Deus e Senhor, do mesmo modo a religião católica nos proíbe dizer que são três deuses ou senhores./O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado por ninguém./O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado./O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede do Pai e do Filho./Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos; um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos./E nesta Trindade não há nem mais antigo nem menos antigo, nem maior nem menor, mas as três Pessoas são coeternas e iguais entre si./De sorte que, como se disse acima, em tudo se deve adorar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade./Quem, pois, quiser salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade./Mas, para alcançar a salvação, é necessário ainda crer firmemente na Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo./A pureza da nossa fé consiste, pois, em crer ainda e confessar que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem. É Deus, gerado na substância do Pai desde toda a eternidade; é homem porque nasceu, no tempo, da substância da sua Mãe./Deus perfeito e homem perfeito, com alma racional e carne humana./Igual ao Pai segundo a divindade; menor que o Pai segundo a humanidade./E embora seja Deus e homem, contudo não são dois, mas um só Cristo. É um, não porque a divindade se tenha convertido em humanidade, mas porque Deus assumiu a humanidade./Um, finalmente, não por confusão de substâncias, mas pela unidade da Pessoa./Porque, assim como a alma racional e o corpo formam um só homem, assim também a divindade e a humanidade formam um só Cristo./Ele sofreu a morte por nossa salvação, desceu aos infernos e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos./Subiu aos Céus e está sentado a direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos./E quando vier, todos os homens ressuscitarão com os seus corpos, para prestar conta dos seus actos./E os que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna, e os maus para o fogo eterno./Esta é a fé católica, e quem não a professar fiel e firmemente não se poderá salvar.”

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 22:11

20
Fev 15

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          Três barrosões ilustres que nos bancos escolares da Igreja receberam formação cristã. Bento da Cruz, nos beneditinos, em Singeverga; Barroso da Fonte, no Seminário de Vila Real; onde, o Padre Fontes estudou e concluiu a sua formação sacerdotal. Amigos e conterrâneos, cada um seguiu a vocação com que foi dotado. Só no amor à terra e às letras a vocação é comum, sem que nada os distinga que não seja o género ou estilo de escrever. Dos três, Bento da Cruz é o mais maduro, nasceu em São Vicente da Chã, Montalegre, a 22 de Fevereiro de 1925. Na mesma data, mas em 1940, nasceu também em Cambezes do Rio, concelho de Montalegre, o Padre António Lourenço Fontes. Vem isto na sequencia do que escrevi à volta do aniversário do Dr. Barroso da Fonte, onde também envolvo estes dois conterrâneos seus. No role do meu relacionamento pessoal não consta o nome do distinto médico e insigne escritor Dr. Bento da Cruz, que sei pessoa generosa conhecida pelo serviço prestado aos pobres a quem não levava dinheiro aquando da sua estadia como clínico na aldeia de Pisões.

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          Do Padre Lourenço Fontes, sim, boas recordações e relacionamento amistoso. E muitos dos seus trabalhos fazem parte do meu banco de dados onde constam os livros de consulta. Etnografia Transmontana é a bíblia dos costumes ancestrais das terras de entre Larouco e Marão. Zeloso no cumprimento e respeito pelos deveres aderentes ao seu múnus sacerdotal, o Padre Fontes movido por um amor desmesurado às origens e às gerações que povoaram e povoam a Terra Fria, consegue tempo para se dar à pesquisa e arrolamento dos usos e costumes que marcaram e caracterizam o povo barrosão. Sem deixar cair a sua dignidade de sacerdote, com a sua intervenção em eventos de carácter cultural e pedagógico, como os Congressos de Medicina Popular de Vilar de Perdizes, o Padre Fontes abriu as portas aos estudiosos interessados no conhecer a verdade de muitos mitos e fenómenos que povoam a mete de muitas almas. Depois porque sabendo que a ignorância é a maior inimiga da fé cristã, a sua relação interventiva nestes eventos de índole paranormal são uma mais valia no esclarecimento de muitos dos “fenómenos” de que muitos “artistas” se servem para iludir os crentes na magia negra….Um sacerdote, um homem de cultura, um transmontano barrosão que muito admiro e hoje felicito por mais um seu aniversário. Muitos 22 de Fevereiro !

 

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19
Fev 15

 

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          Faz um ano, a 22 de Fevereiro, que na Biblioteca Municipal de São Lázaro perante um familiar grupo de amigos, lancei o livro “Nossa Senhora da Graça-Na Fé dos Mareantes”. A propósito desse evento, dias depois o Doutor Armando Palavras comentava em “Tempo Caminhado”: “ Neste opúsculo sobre o culto graciano, Costa Pereira dá-nos a conhecer várias facetas do mesmo. E uma delas é o da sua expansão por terras onde a Portugalidade rolou a sua curiosidade, como no caso de Benguela (Angola)”. Antes faz também uma breve a presentação biográfica, onde realça: “ Pela mão de seu mestre escola, o saudoso publicista José Lopes, inicia a sua caminhada na comunicação social, com artigo publicado no extinto Noticia de Basto, em 25 de Julho de 1960. Depois foi um nunca mais acabar, com colaboração nos mais diversos jornais da Imprensa Não Diária: Noticias de Chaves, A Voz de Trás-os-Montes, O Povo de Basto, Ecos de Belém, Noticia do Bombarral, Monte Farinha, A Ordem, A Voz do Domingo e O Mensageiro de Leiria, Elo da Bajouca, e outros mais, como o boletim do Grupo Folclórico e Recreativo de Vilarinho-Vilar de Ferreiros, de que foi fundador”.

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          Também o conceituado historiógrafo Jofre de Lima Monteiro Alves, em “Escavar em Ruinas”, adianta que se trata de “ Uma pequena brochura que contém o arrolamento de todas as paróquias de Portugal continental e insular consagradas a Nossa Senhora da Graça e aborda outras que não sendo de culto graciano, este também ali é fervorosamente festejado. É o caso dos Milagres, em Leiria; São Mamede de Talhadas, em Sever do Vouga; do Eixo, em Aveiro; de São Vicente de Pereira Jusã, em Ovar; de São Bartolomeu de Vale de Pinta, Cartaxo; de Santo Antão de Padim da Graça, em Braga; de São Pedro de Vilar de Ferreiros, em Mondim de Basto; ou São Pedro de Manteigas, em Manteigas”. Um ano após o parto deste meu bebé mais novo, quero aproveitar para agradecer os amigos e em particular aqueles que no dia 22 de Fevereiro de 2014 fizeram o favor de me honrar com a sua presença: Professor Armando Palavras, Dr. Artur Monteiro do Couto, Dr. José António Silva, o historiógrafo Jofre de Lima Monteiro Alves, Dr. José Vitória Fernandes, o poeta João de Deus Rodrigues e a regionalista Maria da Graça Matos. Nesta resenha descritiva o leitor percorre  o país de lés a lés,  ficando inteirado das cerca de nove dezenas de paroquias consagradas a Nossa Senhora da Graça, e que dispersas desde o Minho aos Açores, nos leva ainda até São Salvador da Baia (Brasil), onde os nossos mareantes, como em África, deixaram a devoção mariana sob a invocação de Nossa Senhora da Graça.

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17
Fev 15

 

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Dr. Barroso da Fonte

          Falar muito daquilo que já muitos falaram, é melhor regrar a língua ou abreviar a escrita para não sair asneira. Barroso da Fonte é desses favorecidos que pelo seu mérito como homem de letras e cidadão irrepreensível se tornou figura publica e propagada. Transmontano barrosão, nascido no lugar de Codeçoso, freguesia de Meixedo, Montalegre, a 19 de Fevereiro de 1939, Barroso da Fonte é daqueles portugueses que subindo a pulso alcançou o pódio da estabilidade moral e social que distingue os homens de bem. Conheci-o pessoalmente em Lisboa, por ocasião do lançamento de uma das suas produções “D. Afonso Henriques - Um Rei polémico”, em 2010. Do nome e como admirador seu, há muitos anos que me é familiar, e acompanho na sua fértil e fecunda actividade intelectual, que tem no "Dicionário dos Mais Ilustres Transmontanos e Alto Durienses" e no jornal Poetas & Trovadores, a sua criativa chancela fundacional. Naquele dia, juntaram-se três notáveis barrosões na capital, para festejar um mesmo evento aniversariante: Bento da Cruz, Padre Fontes e Barroso da Fonte; cada um com sua obra pela Ancora Editora, lançada.

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No convívio na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa, com o Dr. Guilhermino Pires ladeado pelo Dr. Bento da Cruz, Padre Fontes e do Dr. Barroso da Fonte.

          Foi no Centro Comercial Colombo ( FNAC) e um dia depois a Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro fez questão de se associar ao evento com uma tarde cultural em honra destes três notáveis barrosões. Assisti e devo à mondinense Maria da Graça Matos, sempre atenta aos eventos culturais que mexam com transmontanos, ser quem naquela ocasião me alertou para esse acontecimento que relatei em Portugal, minha terra, a 12/03/10; e como então, repito agora: “Não vai gostar, mas como a sei mulher que a quem como ela amar e defender a terra onde ambos nascemos é capaz de perdoar este meu atrevimento, eis-me a revelar o nome daquela "minha conterrânea  Mg que para ver e conhecer gente transmontana que em verso ou prosa honre as letras lusas não há igual!". Merece bem este referencia que não me escapou, pois sem o seu alerta, hoje não tinha presente a data em que o nosso comum amigo Dr. Barroso da Fonte faz anos. Desde aquela data para além do contacto, também nunca mais me esqueceu do “dies natalis” deste talentoso jornalista, escritor e poeta transmontano, radicado em Guimarães, que hoje saúdo fraternalmente com votos de muitos e muitos mais 19 de Fevereiro. Parabéns.

 

 

 

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16
Fev 15

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          A freguesia da Bajouca(Leiria) dá cartas em unidade e bairrismo a todas as suas congéneres e lugares onde tais disposições são testadas. Também em generosidade a capital do barro leiriense ressai do resto das comunidades que cultivam essa virtude. Cortejos, almoços-convívio, celebrações de datas assinaláveis tudo serve para pôr à prova esse sentimento que caracteriza os bajouquenses. Disso sou testemunha há mais de quatro décadas. Mais integrado no antigo lugar da Capela (actual Bajouca Centro), onde uma placa toponímica que registasse o facto fazia sentido, tem sido mediante essa integração que da freguesia de Bajouca divulgo, dando a saber o que dela e com a sua gente aprendo.

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          Lugar nobre da freguesia, com igreja, residência e salão paroquial; também a sede da Junta de Freguesia aqui fica implantada. Sem rivalidades que não seja cada lugar participar dentro do melhor que puder, o certo é que a Bajouca Centro faz luxo em nunca se negar a nenhuma. Por isso fiquei muito admirado quando a propósito do corço deste ano um poeta retratar o negas do lugar, assim:

Eu não posso acreditar

Pois acho ser anormal

Este ano a Bajouca Centro

Não jogar ao Carnaval

          Algo de estranho se passou,

          Para isto acontecer.

          Ou foi o tempo que faltou,

          Ou o bairrismo esmoreceu.

          - Que não seja para entrar no usual deste, nem doutro qualquer lugar da capital do barro leiriense. Que não se estrague a festa carnavalesca da Bajouca.

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 15:41

14
Fev 15

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          Temos aí mais um Carnaval e a pesar da crise os nossos autarcas continuam a reinar à grande e à francesa como de capitalistas se tratassem. O Governo disse não, mas deixou ao critério dos autarcas dispensar ou não os seus funcionários. A quase totalidade das autarquias optou por dar o dia, e algumas até fazer ponte, onde o Carnaval é mais animado e concorrido. É curioso que o PSD perdeu mais um mandato, com Cavaco Silva, por ao tempo não ter dado dispensa aos funcionários públicos numa terça-feira de Carnaval, era então Primeiro Ministro. O português gosta de festa e quem lha tira perde toda a simpatia.

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          Devemos conservar as tradições e o Carnaval tem raízes fundas e culturais no nosso país, mas actualmente em termos sociais um dia de trabalho que se perca tem custos que obrigam a refletir…Todavia onde a tradição é forte e festejada, os benefícios podem justificar a despensa do servidor.

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          Terras há que para evitar a ponte até fazem o desfile já na sexta-feira, outros só no Domingo Gordo, como vai acontecer na Bajouca (Leiria), onde com muita pena não vou assistir este ano. Mas como sempre o programa é convidativo e vale apena apreciá-lo com uma visita até à capital do barro leiriense cujo desfile tem inicio por volta das 14h30. Não percam esta ocasião.

 

 

 

 

 

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12
Fev 15

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          O 13 de Fevereiro é o Dia Mundial da Rádio, data que foi declarada pela UNESCO em 2011 e celebrada pela primeira vez em 2012. Não obstante já muito antes outras diligências tivessem sido feitas, mas sem resultado. A data assina-la o dia em que a United Nations Radio emitiu pela primeira vez, em 1946, um programa em simultâneo com seis países. Estas decisões que mexem com a sensibilidades cultural e social de todos os povos têm que ser ponderadas e bem medidas, além de que nem sempre os aferidores são unânimes no decidir. O importante é que a ideia foi lançada e reconhecida como valiosa pela UNESCO, a partir de uma proposta formal apresentada por Espanha. A Radio tem o seu dia universal e merece; pois continua a ser o meio de comunicação social mais importante ao chegar aos sítios onde outros não chegam ou demoram a chegar com a informação e a noticia. Hoje, socorrendo-se também das novas tecnologias e equipamentos, com a transmissão online, e assim melhor servir os seus ouvintes.

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          A rádio e o jornal continuam a ser os baluartes da informação e formação dos muitos ouvintes, bem como dos amigos da imprensa escrita. Como associado que sou dos “Amigos da Radio Renascença” aproveito para ao felicitar todos os profissionais e colaboradores que trabalham no Grupo Renascença Comunicação Multimédia tornar as felicitações extensivas a todo esse imenso exercito de corajosos combatentes espalhados por todo mundo e cuja arma é um microfone e a palavra verdadeira, simpática, confortante, alegre e oportuna que chega ao ouvido do radiouvinte. Parabéns à Rádio, a todas as Rádios!

 

 

publicado por aquimetem, Falar disto e daquilo às 22:01
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